O PV e o PSC declararam nesta quarta-feira (8) apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República no segundo turno. Os dois candidatos dos partidos no primeiro turno à corrida presidencial, Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC), participaram do ato político organizado pelos tucanos para inaugurar a campanha de Aécio ao segundo turno. Ambos fizeram discursos de apoio ao candidato do PSDB.
Eduardo Jorge, que recebeu mais de 630 mil votos no primeiro turno, fez críticas ao programa de governo de Aécio por não incluir pontos considerados "vitais" para o Partido Verde, mas disse que o tucano é quem reúne melhores condições para governar o país."O PV tem programa dogmático deste março. O do Aécio demorou, mais saiu. Ao compararmos com o da outra candidata, não tem programa", disse Eduardo Jorge.
Pastor Everaldo, que tem apoio de parte dos evangélicos, afirmou que Aécio representa a "verdadeira mudança" para o país e vai manter o compromisso de apoio à população mais carente do país. "O Aécio representa a verdadeira mudança que esse país está precisando, principalmente o compromisso dele com esse falso terrorismo que disse que ele ia acabar com o Bolsa Família. Ele tem compromisso com os pobres nesse país. Conte comigo, o meu nome é Aécio Neves", disse
Pastor EveraldoAlém do PV e do PSC, Aécio já recebeu o apoio do PPS depois do primeiro turno. O ato político reuniu os principais aliados do tucano --DEM e Solidariedade--, além das legendas que decidiram se incorporar à campanha do PSDB no segundo turno.
CRÍTICASOs discursos das lideranças de oposição no ato pró-Aécio foram de ataques ao governo da presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição como adversária de Aécio. O ex-governador José Serra, eleito senador por São Paulo, disse que a eleição do tucano é "necessária para o Brasil" para encerrar o ciclo de 12 anos de governo do PT. "A herança que recebemos é de 12 anos de instituições arranhadas pelo estilo petista de governar, que transformou o loteamento em método de governo. Temos o dever não apenas de eleger o Aécio, e essa é a grande batalha agora, mas junto com ele reconstruir o Brasil ."
O prefeito de Salvador (BA), ACM Neto (DEM), disse que o PT não vai dividir o Brasil entre Sudeste e Sul versus o Nordeste --onde Dilma teve vitória expressiva sobre Aécio no primeiro turno. "Não existe o Brasil e do Sudeste de um lado, e do Norte e Nordeste do outro. O Nordeste vai se juntar ao Sul, Sudeste, para eleger Aécio Neves o nosso presidente. Vamos à vitória", disse sob aplausos do auditório lotado por aliados do tucano.
Senador eleito pelo Ceará, Tasso Jereissatti (PSDB) disse que a decisão dos brasileiros será entre "tirar o Brasil do rol dos países atrasados" ou "integrá-lo ao mundo moderno".Também participaram do ato político governadores eleitos da oposição, como Beto Richa (PSDB), do Paraná, Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Pedro Taques (PDT), do Mato Grosso, entre outras lideranças políticas.
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