Último dos principais candidatos à Presidência da República a dar entrevista ao Jornal Nacional, ontem, Pastor Everaldo (PSC) afirmou que irá privatizar a Petrobras e "tudo o que for possível" caso seja eleito. "Defendo um Estado mínimo, vou cortar na carne. Vou reduzir o número de ministérios de 39 para 20, passar tudo que for possível para iniciativa privada", ressaltou.
"Vou privatizar tudo que for possível. Vou privatizar a Petrobras, uma empresa que foi orgulho nacional e hoje é foco de corrupção, com uma dívida de mais de R$ 300 bilhões", emendou, informando que estava dando a informação "em primeira mão" e tirando da lista bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. "Também no meu governo quem ganhar até R$ 5 mil estará isento do imposto de renda."
Evangélico, ele levantou bandeiras da religião como a proibição ao casamento gay e ao aborto. "Minha candidatura é em defesa da vida e do ser humano desde sua constituição. Defendo a família como está na Constituição: casamento para mim é entre homem e mulher. Também sou contra a legalização das drogas."
O candidato do PSC minimizou também sua inexperiência em cargos do Executivo e do Legislativo. Questionado pelos apresentadores por não ter ocupado nenhum cargo eletivo majoritário e nenhum cargo parlamentar, Everaldo ressaltou sua origem humilde, na favela do Acari no Rio de Janeiro, e experiência na iniciativa privada. "Deus me ajudou e eu venci na vida. Acredito que estou preparado, sou um constante aprendiz", disse.
Ao ser confrontado com o fato de que o país nunca teve um presidente que não tivesse passado ou pelo Congresso Nacional ou por uma experiência de chefia no Poder Executivo, Everaldo ressaltou que tem capacidade para governar "em equipe" e com quadros competentes. "O líder tem que saber do que o Brasil precisa e trazer os melhores quadros." E citou o exemplo de quando era servente de pedreiro e, para pintar uma parede, chamava o especialista, o pintor, para a tarefa.
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