A Executiva nacional do PSB, partido de Marina Silva, deverá aprovar hoje o apoio do partido à candidatura do tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição presidencial. Dos 27 diretórios regionais do partido, só quatro ainda não haviam se decidido até ontem por esta opção: Acre, Amapá, Bahia e Paraíba. O PPS, que integrou a coligação de Marina, decidiu ontem pela aliança com o candidato tucano.
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Já nos quatro diretórios do PSB é provável a mudança de posição em três deles, todos a favor da coligação com o tucano. A exceção deverá ser a Paraíba, onde o PSB, com o governador Ricardo Coutinho, e o PSDB, com o senador Cássio Cunha Lima, disputam o segundo turno da eleição para governador.
"Teremos uma posição. Não vamos ficar em cima do muro", disse o deputado Júlio Delgado, presidente do partido em Minas Gerais. Ele acredita que a tendência é o partido mostrar unidade de todos os seus diretórios regionais, ressalvando que na Paraíba há uma questão excepcional.
Próximo a Aécio, Delgado está em contato com os diretórios que ainda não se decidiram pelo apoio ao tucano. Os dirigentes do PSB também consideram vencida a resistência do presidente interno do partido, Roberto Amaral, ao apoio a Aécio Neves. A princípio, por se dizer amigo da presidente Dilma, Amaral chegou a defender a neutralidade do partido. Mas cedeu porque poderia ver aumentar as resistências à eleição dele para a presidência do PSB, o que se será decidido em reunião do diretório do partido marcada para o dia 13.
Segundo Amaral, a pedido de Marina Silva, outros partidos que fizeram parte da aliança que a apoiou no segundo turno PSL, PPL, PHS, PRP e Rede Sustentabilidade, este da ex-ministra, com funcionamento ainda informal também vão se reunir hoje para tentar uma posição comum em relação ao apoio no segundo turno da eleição. A própria Marina já fez consultas aos presidentes de todos os partidos sobre o que pretendem fazer. Eles deixaram claro que preferem Aécio Neves a Dilma Rousseff no segundo turno.
Telefonema
Em conversa por telefone com a viúva de Eduardo Campos, Renata, na noite de segunda-feira, Marina comparou o apoio a Aécio Neves como um "caminho para a cruz". Segundo uma pessoa próxima a Marina, ela disse que, após ficar de fora do 2.º turno da corrida presidencial, "dois caminhos" a "levam para a cruz e um para o inferno". O inferno seria fazer uma aliança com o PT de Dilma. A decisão de Marina deverá ser anunciada amanhã.
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