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O resultado da pesquisa Dat­­afolha divulgada ontem causou euforia no comitê de campanha da candidata Marina Silva (PSB). O novo levantamento mostra que a ex-senadora subiu 13 pontos desde a última pesquisa do instituto, divulgada dez dias antes, e que Marina agora empata no primeiro turno com a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). amabas aparecem com 34%, enquanto Aécio Neves (PSDB) caiu cinco pontos e agora aparece com 15%.

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INFOGRÁFICO: Veja os números da corrida presidencial

No momento da divulgação do levantamento, Marina gravava para o horário eleitoral do candidato ao governo de Minas Gerais, Tarcísio Delgado (PSB). Segundo relatos, Marina foi informada pelo vice de chapa, deputado Beto Albuquerque (RS), de que ela havia alcançado Dilma. A pesquisa mostrou ainda que Marina venceria Dilma num eventual segundo turno com 50% dos votos contra 40%. Ao receber a notícia, Marina achou que os números se referiam a um levantamento feito só em São Paulo. "Foi uma explosão de alegria. Ela nem acreditou", disse o presidente do diretório mineiro do PSB, deputado Júlio Delgado.

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"Agora vai ser como massa de pão: quanto mais baterem nela, mais ela sobe [nas pesquisas]", disse Delgado. O presidente do diretório mineiro diz acreditar que ainda há espaço para Marina crescer mais, porque, segundo ele, os setores produtivos e a população estão acreditando em suas propostas. "As pessoas estão dando crédito para ela", afirmou. João Paulo Capobianco, que tem promovido a ponte entre Marina e o agronegócio, não escondeu a animação. "É extremamente animador, mas é mais uma pesquisa. Mostra que estamos no caminho certo, mas a pesquisa que vale é a do dia [da eleição]", declarou.

Vice-presidente do PT, o deputado federal José Gui­­marães (CE) defendeu na noite de ontem, após a divulgação do Datafolha, o fim da fase de "boa moça" de Dilma e o enfrentamento político com a candidata do PSB. Ressalvando que se trata de uma "opinião pessoal", Guimarães afirmou que a campanha precisa fazer o confronto de projetos de país com Marina. Para o petista, o PSDB, com a queda de Aécio Neves, está se "deixando levar" pela ascensão de Marina, "fazendo corpo mole". "Os tucanos estão pegando carona na bolha dela. As propostas são muito parecidas e os principais assessores de Marina são do PSDB. Ela fala em nova política, mas é cercada da velha política", criticou.

Crescimento

O Datafolha mostrou que Marina ganhou votos e consolidou sua posição desde o anúncio oficial de sua candidatura. A primeira pesquisa que incluiu seu nome foi feita nos dias 14 e 15, embora só tenha sido divulgada no dia 19 por questões legais. À época, Marina ainda não havia sido oficializada como substituta de Eduardo Campos na cabeça de chapa do PSB. Campos, que era o presidenciável do partido, morreu em um acidente aéreo no dia 13. A candidatura de Marina foi confirmada no dia 20.

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