O coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, disse que a decisão de não divulgar a agenda da candidata com líderes evangélicos se deu por "respeito". "Foi em respeito aos líderes que vieram pra escutar a posição dela", disse Feldman na saída do evento.
Feldman, que é judeu, teve sua fé citada por Marina no início do evento. A candidata também citou sua outra coordenadora geral de campanha, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), ressaltando ser ela católica. Marina ressaltou, assim, trabalhar com pessoas "de bem" de todas as religiões ou sem religião. A candidata chegou a dizer ter conhecido pessoas sem religião com mais valores e maior postura ética que alguns religiosos.
Marina deixou o local do evento sem falar com a imprensa e sem justificar porque não estava em sua agenda oficial de candidata.
O coordenador de mobilização da campanha, Pedro Ivo, que é uma das pessoas que faz a ponte com as igrejas evangélicas, disse que o evento não foi divulgado por ter sido agendado "de ontem pra hoje". O evento já estava confirmado entre a coordenação de campanha desde a tarde de quarta-feira, 26.
O evento de hoje foi o primeiro encontro com evangélicos desde que Marina assumiu a cabeça de chapa, após a morte trágica de Eduardo Campos em 13 de agosto. Pedro Ivo admitiu que Marina tem evitado "expor" a igreja evangélica. "Ela não gosta de misturar campanha com Igreja", disse Ivo. Segundo ele, desde que virou candidata, Marina só foi à Assembleia de Deus, onde é missionária, para praticar sua fé individual.
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