Em tentativa de evitar uma nova debandada no PMDB em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer reuniu nesta segunda-feira (13) prefeitos, deputados e ministros do partido para pedir empenho na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

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No encontro, o dirigente nacional do PMDB atacou o discurso do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, em defesa da mudança e a crítica de que o atual governo federal errou na condução da política econômica.

A iniciativa tem como objetivo reduzir a vantagem do tucano em São Paulo, que obteve 44% dos votos válidos contra 26% da presidente no primeiro turno, e impedir que ocorra novo racha na sigla.

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Às vésperas do primeiro turno, a maioria dos prefeitos do PMDB em São Paulo anunciou apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), apesar de o partido ter lançado a candidatura de Paulo Skaf (PMDB). "Não vamos levar em conta uma ou outra frase de que a economia vai mal. Ela vai mal onde? Os pobres ainda vão ao supermercado, e antes não iam. Eles compram frango, iogurte e chocolate", disse. "Os adversários dizem que os programas estão certos e que vão aprimorá-los. Se não vão mudar os programas, para que, então, mudar o governo?", acrescentou.

O vice-presidente defendeu que prefeitos e deputados mostrem nas duas próximas semanas a "força eleitoral" do PMDB em São Paulo e elencou iniciativas do governo federal que beneficiaram o Estado, como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec. "Se vocês querem candidatos a governador, candidato a presidente e o maior número de prefeitos, vocês têm de me eleger vice-presidente da República", defendeu o peemedebista, segundo qual o PMDB lançará em 2018 candidatura própria a presidente do país.

O encontro, promovido em uma churrascaria da capital paulista, teve a presença de cerca de 600 lideranças do partido em São Paulo. Os ministro da Agricultura, Neri Geller, e da Aviação Civil, Moreira Franco, também participaram da reunião. "A diferença de votos foi muito grande em São Paulo. Agora, é hora de aumentar a mobilização para mudar esse quadro eleitoral", defendeu Franco.

DILMAEm mensagem em vídeo, exibida em telão aos prefeitos e deputados, a presidente defendeu que a sua candidatura está do "lado certo" e ressaltou que o projeto de seu adversário representa o retrocesso. "Não podemos permitir que este país volte para trás e que as conquistas dos brasileiros sejam interrompidas", disse.

A petista enumerou obras do governo federal em São Paulo, como a modernização do Porto de Santos e a construção do Rodoanel, e reconheceu que a disputa presidencial será acirrada até o fim.

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SKAFAusente no encontro estadual, Paulo Skaf foi criticado pelo ministro Moreira Franco por não ter feito campanha eleitoral para a presidente Dilma Rousseff no primeiro turno da disputa eleitoral. "Nós vimos em São Paulo, no processo eleitoral, que as coisas não estavam claras, que o caminho não estava definido e que o candidato não defendia as candidaturas do partido. Agora, no entanto, vamos mudar este quadro", defendeu.

O prefeito de Araraquara (SP), Marcelo Barbieri, também criticou o candidato do PMDB ao governo de São Paulo por não ter se reunido durante a campanha eleitoral com os prefeitos do partido. "Nós achamos que, para o Michel Temer, o melhor é que o Geraldo Alckmin continue como governador, porque ele dialoga com os prefeitos do PMDB. O candidato na época nem falava com os prefeitos", disse. "E hoje? Por acaso ele ele está aqui presente?", questionou.

Segundo o presidente do PMDB em São Paulo, Baleia Rossi, Paulo Skaf não pode participar da reunião do partido porque já tinha compromisso agendado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.