O presidente do PPS, Roberto Freire, que já foi deputado federal por seis mandatos e ocupou uma vaga no Senado por Pernambuco, saiu derrotado das urnas no último domingo, 5, pela primeira vez desde que assumiu entrou para a Câmara em 1979. Freire, que está com 72 anos, ficará pela primeira vez fora do Congresso em 35 anos de carreira política.
O parlamentar minimiza a votação baixa obtida em São Paulo, afirmando que é um "detalhe" ter perdido recebido apenas 62.823 votos, o que lhe garantiu a 91ª posição entre os postulantes a uma vaga como deputado pelo Estado. A bancada paulista tem 70 cadeiras na Câmara. "O problema de não ser eleito é do próprio sistema eleitoral. Se todos entrassem, não teríamos condições de falar em representatividade, em proporcionalidade, isso é detalhe", afirma.
Freire teve destaque como um dos principais quadros da esquerda brasileira, inicialmente como quadro do MDB, antigo PMDB de enfrentamento da Ditadura Militar (1964-1985). Ele militou pelo PCB, nos anos 1980, até criar o PPS. Em 2003, mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo, por onde foi eleito deputado duas vezes. Ele assumiu uma postura de oposição ao governo do PT e hoje é um dos críticos mais ferrenhos da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Agora, diante da rejeição das urnas, Freire fala em ajudar o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, a "derrotar o lulo-petismo". Ele afirma que o PPS está forte para ajudar em Estados como o Ceará, mas reconhece que não poderá ajudar o tucano na unidade da federação que escolheu a partir de 2003. "Em São Paulo não é um lugar onde a gente possa contribuir mais", afirma.
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