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Na eleição mais disputada desde 1989, o PSDB sai derrotado, mas ainda capaz de dar continuidade ao papel de principal partido da oposição. Apesar da amarga derrota no governo de Minas Gerais (uma de suas principais bases), a conquista de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, e de outros estados importantes como o Paraná garantiram ao partido a manutenção de sua atuação em Brasília. Passadas as eleições, os tucanos encaram um cenário bem diferente do que se desenhava no primeiro turno, quando pesquisas davam sinais de que eles ficariam fora da disputa do segundo turno pela primeira vez em 20 anos.
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Embora o futuro não se mostre tão devastador quanto poderia, o fato é que esta é a quarta derrota consecutiva para o PT em eleições presidenciais. Fernando Guarnieri, cientista político do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que o insucesso tucano pode ser explicado por causa de uma mudança no espectro político brasileiro.
No primeiro ano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o PSDB viu o PT migrar para o espaço social-democrata e promover políticas sociais relevantes como o "Minha Casa, Minha Vida" e o "Bolsa Família" , mantendo bandeiras da estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal. Em resumo: os petistas ocuparam o lugar que historicamente era dos tucanos.
"O PT caminhou mais ao centro e se apropriou de bandeiras que eram do PSDB. O partido demorou para dar resposta e acabou perdendo o discurso", afirma o cientista político. Aliando isso à incapacidade de renovação, o PSDB se concentrou cada vez mais nos estados do Sudeste e Sul, não conseguindo crescer em outros importantes colégios eleitorais do Norte e Nordeste. Aécio Neves perdeu feio até em Pernambuco, estado em que herdou o apoio da família Campos, após a morte do candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos. Os conterrâneos de Lula deram mais de 70% dos votos para Dilma.
Apertada
O cientista político Fabricio Tomio, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), afirma que o PSDB não pode comemorar a derrota apertada numa eleição em que a vitória era uma possibilidade. "Porém, isto demonstra que aumentam as fragilidades futuras para o PT", diz. O professor também destaca a possibilidade de mudanças na liderança interna do partido. "A derrota em Minas Gerais e os resultados em São Paulo podem recolocar o PSDB paulista [José Serra e Geraldo Alckmin] no protagonismo da próxima campanha presidencial", diz.
Por outro lado, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leonardo Avritzer, também cientista político, acredita que a derrota por poucos votos pode garantir a liderança de Aécio Neves no partido.
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