O deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) está eleito governador do Mato Grosso do Sul, com 100% dos votos apurados. Azambuja teve 55,34% dos votos válidos, contra 44,66% do senador Delcídio do Amaral (PT). É a primeira disputa das eleições deste ano em que o segundo colocado no primeiro turno saiu vencedor.
O candidato petista terminou o primeiro turno como o mais votado, com 42,92% dos votos válidos, contra 39,09% do tucano, agora eleito.
Biografia
Governador eleito de Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja, deputado federal e proprietário rural, não é de falar muito.
Aos 51 anos, ele ainda tem um ar reservado. Mantém os cabelos penteados para trás e as mangas da camisa dobradas na altura do cotovelo. Ao falar, o érre interiorano se sobressai e faltam alguns plurais de vez em quando. Sorri pouco -e discretamente. "Ele gosta mais é de ouvir", conta um aliado.
Foi ouvindo que Azambuja, filho de agropecuaristas e um dos candidatos mais ricos do país (com patrimônio de R$ 37 milhões), se projetou como político. "Ele tem um estilo formiguinha", conta o analista político Eron Brum, que o orientou no início da carreira. "Faz pesquisa para tudo."
Azambuja começou como prefeito de Maracaju, no interior do Estado, aos 33 anos. Reeleito, foi tido como bom administrador e deixou o cargo com alta aprovação.
Dois anos depois, foi o deputado estadual mais votado do Estado e, em 2010, elegeu-se deputado federal.
Juntando uma pedrinha aqui e outra ali, Azambuja percebeu uma oportunidade de quebrar a polarização entre PT e PMDB, que se alternam no governo há 20 anos.
Lançou-se candidato a prefeito de Campo Grande dois anos atrás, rompendo com o PMDB do governador André Puccinelli, seu aliado.
Mesmo desconhecido, quase foi ao segundo turno e se tornou uma força política ascendente no Estado.
Sua candidatura ao governo se consolidou depois de uma "caravana política" lançada por ele há um ano, que passou pelos 79 municípios do Estado e coletou queixas da população, bem ao seu estilo "formiguinha".
Na campanha, Azambuja dizia representar a "nova política". Prometeu transparência, combate à corrupção e mudança.
Ainda é visto por parte dos eleitores como um "outsider". Por ser rico, dizem, não vai querer roubar.
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