Aécio "matou" a bola 13, número do PT, em Botucatu, no interior de São Paulo| Foto: Divulgação

Em resposta ao discurso "antipessimista" que a presidente Dilma Rousseff tem usado para criticar seus opositores, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (8) que a maioria da população é pessimista.

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Ele fez referência às declarações que Dilma para fazer frente às críticas ao seu governo. Em discurso a sindicalistas na semana passada, por exemplo, a petista disse que "a verdade vai vencer o pessimismo". "Assisti ontem declarações da presidente da República que mais uma vez disse que a responsabilidade sobre o ambiente no Brasil é dos pessimistas. Então, somos mais de 75% de pessimistas", disse tucano durante ato de campanha nesta sexta em Botucatu (SP).

"Mas é bom que fique claro que o pessimismo não é em relação ao Brasil. O Brasil está aí com todas as condições de retomar um ciclo virtuoso, um crescimento sustentável por longo tempo. O pessimismo é em relação ao governo. A este governo que fracassou na condução da economia, na gestão do Estado e fracassou também na melhoria dos nossos indicadores sociais", disse ele.

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Aécio fez campanha nesta sexta ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, e do ex-governador José Serra (PSDB), que disputa vaga no Senado. Na cidade paulista, ele visitou uma clínica para dependentes químicos, conversou com pacientes e protagonizou uma cena curiosa.

Após dizer frases de apoio aos pacientes e perguntar sobre a recuperação, o candidato desafiou um deles a jogar uma partida de sinuca. "Se eu matar essa bola, você tem que prometer ficar firme no tratamento", propôs. Errou três vezes.

Após as tentativas frustradas, um de seus assessores ajeitou as boas, e Aécio conseguiu "matar" a bola 13, número do PT. Foi aplaudido pelos aliados, assessores e cabos eleitorais que o acompanhavam.

Os pacientes Bruno Alberto, 25 anos, e Ediel Henrique dos Santos, 29, contaram ao candidato detalhes sobre seus tratamentos para se livrarem da dependência. "Mas quem é ele?", perguntou Ediel logo após a conversa. O paciente reconheceu apenas o governador Alckmin.

CRÍTICASDurante a agenda, Aécio também rebateu insinuações de que, se ele for eleito, irá desvalorizar o salário mínimo e comparou o crescimento econômico do país na gestão Dilma com as gestões anteriores. "Os piores resultados na economia na história da República acontecem com a presidente Dilma", disse. E acrescentou que a atual gestão deixará como legado o crescimento da inflação, a perda de confiança e as dificuldades nos índices sociais.

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Sobre políticas voltadas para tratamento de dependência química, Aécio disse que os modelos dos programas usados hoje em São Paulo e em Minas Gerais serão usados no governo federal caso ele seja eleito.Depois da clínica, Aécio, Alckmin e Serra fizeram uma caminhada na região central de Botucatu, tomaram café numa padaria, tiraram fotos e abraçaram as pessoas que os abordaram.