Cogitado como uma das causas do fracasso do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na busca pela reeleição, o antipetismo em Curitiba foi usado por Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) durante a campanha do primeiro turno.
Greca falou, algumas vezes, em “comissariado do PT” na administração Fruet. Leprevost, durante debate com Tadeu Veneri (PT) na Gazeta do Povo, bradou contra a “corrupção institucionalizada” no governo petista.
Mas, de alguma forma, ambos tiveram – ou têm – alguma conexão com o petismo ou seus aliados próximos em suas trajetórias políticas.
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Doação para Greca
Em 2010, quando buscou, sem sucesso, vaga de deputado estadual pelo PMDB, Rafael Greca recebeu doação da campanha da então candidata ao Senado Gleisi Hoffmann (PT).
Em 2010, a campanha de Gleisi Hoffmann doou legalmente R$ 235 mil, em valores da época, a 38 candidatos a senador, deputado federal e estadual naquele ano – inclusive Rafael Greca. Segundo o portal Às Claras, que reúne dados das prestações de contas que as campanhas entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Greca recebeu R$ 3.050 da campanha da hoje senadora.
A soma, embora modesta, é o valor mediano das doações feitas por Gleisi. Ou seja: se as 38 doações forem elencadas por valor, do maior ao menor, a feita pela petista ao agora candidato a prefeito pelo PMN está exatamente na metade da tabela. Em 2010, a campanha de Greca amealhou, ao todo, R$ 633.959,39. Os R$ 3.050 doados por Gleisi a colocam na 29.ª posição entre os principais doadores ao então peemedebista.
A petista Gleisi doou a Greca e a outros candidatos do PMDB por um motivo simples: ambos estavam no mesmo lado. Integravam a coligação “A união faz um novo amanhã”, que tinha Osmar Dias (PDT) como candidato a governador e Gleisi e Roberto Requião (PMDB) ao Senado. Lula e Dilma, inclusive, foram presença constante nos programas eleitorais de Osmar e Gleisi.
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Leia a matéria completaColigação próxima ao PT
Leprevost, por sua vez, tem, entre os sete partidos de sua coligação, o PCdoB, mais fiel aliado dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O partido fez parte da aliança que levou Lula pela primeira vez ao poder, em 2002. Repetiu a dose nas três eleições seguintes.
Em 17 de abril passado, os dez deputados federais do PCdoB votaram contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em 31 de agosto, no Senado, a única parlamentar da legenda – Vanessa Grazziotin, do Amazonas – também foi contra a cassação do mandato da petista.
A posição segue a mesma. Em site ligado ao PCdoB, editorial que comenta o resultado das eleições fala em “resistência ao governo golpista” de Michel Temer.
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