Todos os candidatos a prefeito de Curitiba respeitaram o prazo e encaminharam para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prestação parcial das contas de campanha. Os dados mostram que Maria Victoria (PP) é quem mais arrecadou, Gustavo Fruet (PDT) o que mais gastou e Rafael Greca (PMN) o que mais colocou a mão no próprio bolso.
Leia mais notícias sobre as eleições de 2016
Na nova norma, partidos, coligações e candidatos passaram a ser obrigados a informar à Justiça Eleitoral o recebimento de doações em dinheiro em até 72 horas contadas do seu recebimento e os relatórios discriminando as contas até o dia 13 de setembro (prestação parcial) e 30 dias após a eleição (prestação final).
Em Curitiba, apenas os dados de Afonso Rangel (PRP) não constam no sistema DivulgacandContas porque sua candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral. O candidato já entrou com recurso – ele não está impedido de participar de atos de campanha – e o processo ainda tramita junto ao TSE.
Até o dia 13, quem mais arrecadou foi Maria Victoria: R$ 794 mil, a maior parte (R$ 301 mil) oriunda do diretório nacional do Partido Progressista, do qual seu pai, o ministro da Saúde Ricardo Barros, é uma das principais lideranças. Outros R$ 493 mil foram arrecadados junto a pessoas físicas – as doações ficaram entre R$ 1 mil e R$ 40 mil.
As despesas da candidata já somam R$ 873 mil, gastos principalmente em produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 275 mil) e despesas com pessoal (R$ 211 mil).
O segundo que mais arrecadou foi Rafael Greca, com receitas que já somam R$ 773 mil, motivadas em larga medida por uma doação do próprio candidato à campanha, de R$ 600 mil. As despesas do ex-prefeito já somam R$ 1.025 milhão (a terceira maior), principalmente com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 350 mil) e pesquisas ou testes eleitorais (R$ 219 mil). Greca foi o último a entregar o relatório parcial: 22h39 da terça-feira (13) – o prazo se encerrava às 23h59. As doações de pessoas físicas para sua campanha vão de R$ 1 mil a R$ 20 mil.
O que o prefeito pode fazer por você? Veja quais são as áreas prioritárias para os curitibanos
Leia a matéria completaO terceiro maior arrecadador na capital paranaense é Gustavo Fruet (PDT), com R$ 740 mil. O próprio candidato doou R$ 40 mil para tentar a reeleição. Uma doação de R$ 150 mil e outra de R$ 100 mil, no entanto, englobam boa parte da arrecadação de Fruet.
As despesas do candidato, até o momento, são as mais caras das eleições 2016: R$ 1.472 milhão, gastos com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 589 mil) e publicidade por materiais impressos (R$ 232 mil).
O candidato Ney Leprevost (PSD) já arrecadou R$ 219 mil, principalmente junto a doações de pessoas físicas, que vão de R$ 364 a R$ 40 mil. Até o momento, a campanha já custou R$ 1.249 milhão (a segunda mais cara), com os maiores gastos sendo registrado em pessoal (R$ 257 mil) e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 215 mil). A maior despesa é superior a toda a receita registrada junto ao TSE.
O quinto maior arrecadador é Tadeu Veneri (PT), com R$ 163 mil – R$ 54 mil apenas do diretório estadual do partido. As despesas do candidato somam R$ 106 mil. O candidato a vice nessa chapa, Nasser Allan (PT), doou R$ 50 mil para a campanha.
Requião Filho (PMDB), com R$ 118 mil, aparece em sexto entre os arrecadadores. O diretório nacional do partido é o maior financiador da campanha: R$ 105 mil. As despesas somam R$ 149 mil. O candidato gastou R$ 120 mil apenas com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, mais do que a soma do arrecadado. A doação mínima da campanha do peemedebista foi de R$ 250.
Por último aparecem Ademar Pereira (Pros) – com R$ 108 mil arrecadados e despesas na casa dos R$ 170 mil – e Xênia Mello (Psol) – com arrecadação de R$ 21 mil e despesas de R$ 47 mil.