As eleições municipais de Foz do Iguaçu contam com cinco nomes concorrendo à prefeitura. Um pleito que vem em um momento conturbado da política local. Preso desde o mês passado em razão dos desdobramentos da Operação Pecúlio, o prefeito afastado Reni Pereira tem gerado repulsa de candidatos e partidos. A maioria evitou coligações com o PSB de Reni e também com o PSC da ex-primeira dama e deputada estadual Claudia Pereira.
Para conseguir formalizar o maior bloco partidário no município, o deputado estadual Chico Brasileiro (PSD) aceitou a indicação de Gessani da Silva (PP), atual vereador, para compor como seu vice. A coligação majoritária é formada por PSD, PP, PTB, DEM, PRB, PRTB, PCdoB, PEN, SD e PRP.
A decisão de Brasileiro em lançar seu nome como cabeça de chapa foi uma surpresa para a cidade. Isso porque o deputado chegou a declarar à imprensa nas últimas semanas que caminharia junto ao ex-prefeito Paulo Macdonald (PDT) em busca da chefia do Executivo.
Por sua vez, Macdonald aguardava julgamento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) sobre processo movido pelo Ministério Público Estadual que poderia deixá-lo inapto para o registro de sua pré-candidatura. Após manifestação do desembargador Abraham Lincoln Calixto, publicada no dia último dia 2, ficou decidido que caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestar sobre a matéria. Dessa forma, Paulo Macdonald se colocou no páreo, o consenso com Chico Brasileiro foi quebrado e seu nome referendado pelo diretório local do PDT, após as convenções .
Outra surpresa política revelada aos iguaçuenses foi na composição do arco de alianças em torno da candidatura de Macdonald. Ele terá como vice o tucano Camilo Rorato. O acordo foi firmado com participação direta da Executiva Estadual do PSDB e selado a contragosto da prefeita em exercício Ivone Barofaldi (PSDB). Corre nos bastidores que ela tentou até o último momento cacifar seu nome para tentar a reeleição. A coligação de Macdonald e Rorato conta com PDT, PSDB, PPS, PR e PTN.
Já o empresário Phelipe Mansur (REDE), 33 anos, autodenominado representante da “nova política” em Foz do Iguaçu, foi pragmático ao definir os partidos que irão integrar sua candidatura. Com discurso ferrenho contra os principais caciques políticos da cidade durante todo o período pré-eleitoral, na hora de fechar a composição Mansur aceitou a vinda do PMDB e o apoio do ex-prefeito Dobrandino Gustavo da Silva. A coligação foi fechada por Rede, PMDB, PV, PPL e PSDC. A vaga de vice na chapa está ocupada pelo também empresário Roberto Apelbaum, indicado pelo PMDB.
Ligado ao ex-prefeito afastado Reni Pereira (PSB), que cumpre prisão domiciliar em função dos desdobramentos da Operação Pecúlio, o advogado e empresário Túlio Bandeira será o representante do Pros nas eleições majoritárias de dois de outubro. Bandeira foi coordenador jurídico da campanha vitoriosa de Reni nas eleições de 2012 e, após a eleição de Pereira, integrou em 2013 o quadro diretivo do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. Para a função de vice nas eleições deste ano, Túlio contará com a advogada Andreza Dolatto Inácio, filiada ao PSL. A coligação da dupla é formada por PROS, PMB, PTC, PSL e PT.
Isolados politicamente diante o escândalo de corrupção descoberto dentro da Prefeitura, supostamente coordenado pelo prefeito afastado Reni Pereira, o PSB e o PSC, da deputada Claudia Pereira, se juntaram para marcar presença nestas eleições. Com o apoio do PMN, as três siglas se coligaram para lançar o advogado Sérgio Barros (PSC) e outros 23 candidatos a vereador. Homem de confiança de Reni e Claudia, Barros foi coordenador do Procon de Foz do Iguaçu entre 2013 e 2105. Está será a primeira vez que ele irá participar de uma campanha municipal majoritária.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado