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Em 2010, Palocci foi coordenador da campanha de Dilma | UM/AL/JB/UESLEI MARCELINO
Em 2010, Palocci foi coordenador da campanha de Dilma| Foto: UM/AL/JB/UESLEI MARCELINO

O ex-ministro Antonio Palocci enviou, na noite desta terça-feira (10), uma mensagem a ministros do governo da presidente Dilma Rousseff, negando envolvimento no escândalo da Operação Lava Jato.

No email, ele rechaça a afirmação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo o qual Palocci teria pedido recursos, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, para a campanha presidencial de 2010. Em 2010, Palocci foi coordenador da campanha de Dilma.

“Pessoalmente gostaria de lhe transmitir, a bem da verdade, que os ‘fatos’ apontados pelo Sr. Paulo Roberto Costa jamais ocorreram”, diz a mensagem. “E nem poderiam, porque: 1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro; 2. Jamais conheci o Sr. Alberto Youssef, não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente; 3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu”, acrescenta.

Os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Thomas Traumann (Comunicação) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) estão entre seus destinatários.

O ex-ministro encerra a mensagem afirmando que “essa é mais uma batalha a ser vencida”.

Ministro poderoso no início do primeiro mandato de Dilma, Palocci deixou o governo após revelação de que sua empresa de consultoria faturara R$ 20 milhões no ano eleitoral de 2010, ano em que comprou um apartamento por R$ 6 milhões.

Leia a íntegra da mensagem:

“Caros Amigos e Amigas,

Na ultima sexta foi divulgada lista de políticos que devem ser alvo de investigações sobre irregularidades apuradas na chamada operação Lava-Jato, no âmbito do STF.

Meu nome foi citado neste episódio, embora não haja até o momento abertura de inquérito ou qualquer outro procedimento. Essa citação foi feita pelo Sr. Paulo Roberto Costa ao afirmar que recebeu do Sr. Alberto Youssef, solicitação de recursos para a campanha presidencial de 2010, através de minha pessoa.

O Sr. Youssef, em depoimento recente junto a Procuradoria Geral da Republica, NEGA veracidade nessa informação e ‘declara categoricamente que esta afirmação (do Sr. Paulo Roberto) não é verdadeira’.

Pessoalmente gostaria de lhe transmitir, a bem da verdade, que os ‘fatos’ apontados pelo Sr. Paulo Roberto Costa jamais ocorreram. E nem poderiam, porque: 1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro; 2. Jamais conheci o Sr. Alberto Youssef, não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente; 3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu.

Estou lhe enviando anexo o conteúdo da petição da PGR para que a questão descrita seja enviada, como foi, para a 1ª instância da justiça. A leitura do anexo vai ajuda-lo a ver que a citação de meu nome neste episódio não faz o menor sentido.

De qualquer forma é mais uma batalha a ser vencida.

Agradeço a sua atenção,

Antônio Palocci”

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