O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta sexta-feira (31) que vai parcelar o pagamento do salário de julho dos servidores estaduais em função do agravamento da crise financeira do estado. O estado ainda informou que não vai pagar parte da dívida que tem com o governo federal. Em reação, os servidores estaduais começaram a se mobilizar para deflagrar uma greve. Os policiais militares decidiram se aquartelar (não sair para as ruas) e ameaçam pedir a prisão do governador José Ivo Sartori (PMDB).
De acordo com o secretário da Fazenda, Giovane Feltes, a linha de corte da primeira parcela, paga nesta sexta-feira (31), é de R$ 2,15 mil – isso significa que a totalidade dos servidores recebeu essa quantia. Uma segunda parcela no valor de R$ 1 mil será desembolsada até 13 de agosto. Os profissionais com vencimentos superiores a R$ 3,15 mil só receberão o restante em uma terceira parcela, que será quitada até 25 de agosto. Conforme os dados apresentados pelo secretário, 52,8% do funcionalismo recebeu nesta sexta o salário na sua totalidade. Segundo Feltes, o Executivo encontra dificuldades para arcar com a folha do funcionalismo (de R$ 1,1 bilhão).
O secretário também anunciou que o Rio Grande do Sul só vai pagar as parcelas da dívida que tem com a União após pagar a totalidade da folha de pagamento. Na prática, isso significa calote. O governo gaúcho tem de pagar R$ 280 milhões mensais para o governo federal.
Prisão
A Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), que representa a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, divulgou nota informando que os policiais e bombeiros ficarão aquartelados na segunda-feira (3) e não sairão às ruas, a não ser para atender emergências. Eles ainda entraram na Justiça para pedir a prisão de Sartori por causa do descumprimento de ordem judicial que proíbe o atraso ou o parcelamento dos salários dos servidores.
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