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| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Em Curitiba para o lançamento da candidatura de seu filho à prefeitura, o senador paranaense Roberto Requião (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (25) que acredita que a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), tem votos suficientes para barrar impeachment no Senado. Segundo ele, a expectativa é de que ela angarie entre 28 e 30 votos, dos 27 que necessita para ser absolvida ao final do julgamento, que começou nesta manhã.

Requião afirmou ainda que Dilma está sendo alvo de um processo de impedimento por causa de suas qualidades, e não por seus defeitos. Para ele, o grande problema da gestão da presidente foi o relacionamento com o Congresso. “O Lula nunca seria impichado, porque ele teria 30 amigos no Senado”, afirmou. Também teceu críticas aos ex-ministros dela, que hoje votam a favor do afastamento.

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O senador peemedebista desconversou quando questionado sobre o motivo de não estar em Brasília para o primeiro dia do julgamento do impeachment. Ele disse que viaja à capital federal nesta sexta-feira (26), quando os parlamentares devem seguir com o depoimento das testemunhas do processo.

Sem medir palavras, Requião disse que o programa de governo de seu colega de partido, o presidente interino, Michel Temer, é “uma espécie de volta à escravidão”. “É toda uma proposta que foi aplicada na Europa e quebrou a Europa”, disse, criticando as propostas qualificadas por ele como neoliberais.

Mesmo otimista com a vitória de Dilma no impeachment, Requião fez uma previsão de que Temer, caso seja “efetivado” no cargo, não deve durar nem até o final deste ano no governo. “O Temer não é exatamente o que eles [Congresso] esperam. Ele está se valendo dessas posições [as medidas econômicas] pela vaidade de ser presidente”, disse.

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