No início da reunião mensal do secretariado do estado na manhã desta quarta-feira (27), o governador Beto Richa (PSDB), durante seu pronunciamento, culpou a economia brasileira pela crise no Paraná e disse estar sendo caluniado em relação às denúncias contra ele.
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“O Brasil vive hoje a pior crise de todos os tempos”, disse o governador no início de seu discurso. “O orçamento de 2015 foi elaborado com base nos dados que a economia brasileira sinalizava em junho de 2014, quando os economistas do governo, o próprio ministro [da Fazenda Guido] Mantega, apontavam para uma taxa de crescimento do PIB acima de 4% para o ano corrente. Nos iludiram”, disse o governador.
“Acreditamos que o Brasil era tão próspero quanto aquele que nos queriam fazer crer”, disse Richa, para justificar a crise financeira que atravessa o Paraná. Durante o pronunciamento, o governador destacou algumas realizações do governo desde o início de seu primeiro mandato, em 2011.
O governador também aproveitou o pronunciamento para rebater as denúncias de que teria recebido dinheiro de corrupção na Receita Estadual para sua campanha.
“Tenho sofrido as mais terríveis agressões e maldades. Elas vêm daqueles que nos odeiam, não por algo que fizemos de ruim, mas por tudo aquilo de bom que representamos”, disse Richa.
Richa também defendeu mais uma vez a esposa e secretária da Família e Desenvolvimento Social Fernanda Richa, apontada como participante do esquema de corrupção na receita. Em reportagem publicada nesta terça-feira (26), a Gazeta do Povo mostrou que os auditores da Receita teriam realizado doações para a compra de cobertores para a Provopar a pedido de Fernanda.
“Na ânsia de me atingir, atacam até mesmo a minha mulher”, disse o governador. “Promovem linchamentos morais com o objetivo declarado de ver suas teses triunfarem. Pouco importam os fundamentos, porque o importante é condenar sumariamente”
“A resposta para os insultos e para a baixaria é a nossa disposição permanente para o trabalho”, afirmou Richa. A reunião com o secretariado, que começou logo em seguida ao pronunciamento, não foi aberta à imprensa.
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