Seis meses depois de ex-vereador Valdemir Soares (PRB) renunciar ao cargo após ter sido flagrado votando no lugar de uma colega na Câmara Municipal, a casa legislativa registrou novamente um caso de vereador votando no lugar do outro. Desta vez, Chicarelli (PSDC) foi flagrado registrando o voto no lugar de Chico de Uberaba (PMN) na sessão plenária de quarta-feira (19). No momento, os vereadores votavam a prestação de contas referente ao exercício financeiro de 2011 da prefeitura de Curitiba.
No vídeo, o vereador aparece caminhando em direção à saída do plenário, parando, e apertando o botão para registrar o voto. Os parlamentares sentam um ao lado do outro na Casa.
Durante a sessão, Chico do Uberaba pediu a palavra para afirmar que não tinha registrado o voto, apesar do registro aparecer no painel. “Era o que ia apertar, mas não fui que apertei, não. Só pra deixar claro”, disse o vereador. O presidente da Casa, Ailton Araújo (PSC), afirmou que iria verificar as imagens.
Somente vinte minutos depois, Chicarelli veio à frente dizer que ele tinha registrado o voto no lugar do colega acidentalmente. “Eu vinha deslocando de um lado para cá e acidentalmente, ou sem querer, ou não percebendo, eu apertei a votação do vereador do lado”, afirmou o parlamentar.
Segundo caso do ano
Este é o segundo caso do ano em que um vereador é flagrado votando no lugar do outro. Em abril, o então vereador Valdemir Soares foi flagrado votando no lugar da vereadora Julieta Reis (DEM), que não estava na casa. Na ocasião, a vereadora protocolou uma denúncia contra o vereador, que acabou renunciando ao cargo uma semana depois.
O mesmo processo pode ser instaurado para verificar a conduta do vereador Chicarelli. Se for considerado culpado, o parlamentar poderá ter o mandato cassado e se tornar inelegível por oito anos. Nem Chicarelli, nem Chico do Uberaba foram reeleitos nas eleições municipais de 2016.
Ao Paraná TV 2ª Edição, da RPC, Ailton Araújo comentou o caso, afirmando que não deve mudar o sistema de votação da casa para um sistema biométrico, por exemplo, porque não quer que a mudança deixe a impressão que há pessoas desonestas dentro do legislativo municipal. Nenhum dos dois vereadores quiseram comentar o caso à reportagem da TV.
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