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No centro do mais novo escândalo do Planalto Central, o Ministério do Esporte concluiu na última sexta-feira um pregão eletrônico que pode ampliar ainda mais a crise na pasta comandada por Orlando Silva. De acordo com denúncia da revista "Época", a licitação para a compra de roupas destinadas a instrutores e jovens assistidos pelo Programa Segundo Tempo foi vencida por uma proposta R$ 20 milhões mais cara do que a oferta mais barata.

De acordo com os documentos obtidos pela "Época", a pasta decidiu pagar por camisas, camisetas e bermudas valores até 97% mais altos do que os de uma licitação similar em 2009. O preço unitário das quatro milhões de bermudas passou de R$ 4,36, em 2009, para R$ 8,60, este ano.

Entre as 13 ofertas do pregão 24/2011, a empresa vencedora, a paulista Capricórnio S/A, propunha o segundo valor mais alto: R$ 80,8 milhões pelo ministério. O valor ultrapassa a proposta mais barata em R$ 21 milhões. As outras empresas que participaram da concorrência entraram com recurso contra o resultado.

Além de escolher valores unitários mais caros, o Ministério do Esporte pediu maior quantidade de material em relação à licitação anterior. São mais 30 mil camisas pólo, cinco milhões de camisetas e três milhões de bermuda. De acordo com a revista "Época", pela lógica econômica, uma quantidade maior normalmente resulta em preços unitários mais baixos.

Em nota, o ministério afirmou à revista que a decisão do vencedor da licitação só será definitiva depois do julgamento dos recursos dos concorrentes que não concordaram com a decisão do pregoeiro da comissão de licitação. Até essa decisão final, disse a pasta, não se pode considerar a empresa paulista como vencedora da concorrência.

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