Depois de anunciar um novo recadastramento de funcionários, a Assembleia Legislativa (AL) do Paraná voltou atrás e disse que fará apenas uma conferência da documentação dos servidores do setor administrativo da Casa. A nota que falava sobre o novo recadastramento, publicada no site da AL no final da tarde de quinta-feira (17), foi tirada do ar. (veja a reprodução da página abaixo) A nota informava que para o diretor-geral da Assembleia, Eron Abboud, o "novo processo de recadastramento" tinha o objetivo de evitar equívocos no quadro de pessoal. A página foi substituída por outra, que denomina o processo de "conferência de dados". O procedimento já estaria previsto na portaria nº 445/10 publicada no Diário da Assembleia de 31 de maio.
O anúncio, no entanto, só aconteceu depois da denúncia de que funcionários teriam saído dos gabinetes dos deputados e distribuídos para departamentos da administração da AL. Um levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV apontou que existem pelos menos 124 casos de trabalhadores "migrantes".
O remanejamento teria ocorrido para os parlamentares conseguirem se adequar à lei que estabeleceu um limite de 23 funcionários por gabinete sem ter que demitir funcionários excedentes. A transferência dos servidores gerou discussão entre os parlamentares na sessão de terça-feira (15) do Legislativo. Um requerimento cobrando a demissão de todos os "migrantes" havia sido apresentado para a Mesa Diretora da Casa na semana passada.
O novo procedimento implantado pela Assembleia exige que todos os funcionários efetivos, estáveis e comissionados compareçam à Coordenadoria de Recursos Humanos da Diretoria de Pessoal para verificarem suas situações. O prazo termina dia 30 e quem não atender as determinações terá o salário suspenso, a partir do término do prazo.
Recadastramento
O recadastramento dos funcionários da Casa foi a primeira medida adotada pela Assembleia depois das denúncias apresentadas da série "Diários Secretos". A lista de servidores divulgada depois do procedimento trazia 1.308 funcionários comissionados, 33% a menos do que o total de 1.941 servidores divulgados no ano passado, na chamada "lista da transparência". Outros 454 funcionários efetivos constavam na relação.
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Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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