Dos 12 deputados que responderam ao questionário da Gazeta do Povo, sobre saídas para enfrentar a crise instaurada na Assembleia Legislativa paranaense por causa das irregularidades administrativas na Casa, cinco disseram concordar com a saída de Nelson Justus da presidência. Além da bancada do PPS, formada por Douglas Fabrício, Felipe Lucas e Marcelo Rangel, e do petista Tadeu Veneri, que já haviam tornado público a opinião, em plenário, pelo afastamento do presidente do cargo, a novidade é o posicionamento de Ney Leprevost (PP), que adere ao grupo. Já os peemedebistas Antonio Anibelli, Ademir Bier e Kielse Crisóstomo, além de Antonio Belinati (PP), Jocelito Canto (PTB), Luiz Carlos Martins (PDT) e Valdir Rossoni (PSDB), informaram que são favoráveis à permanência de Justus no comando da Assembleia.
Veneri foi o único que se manifestou, no questionário, a favor do afastamento de todos os integrantes da mesa diretora, formada por nove deputados. O afastamento de todos os diretores a Assembleia tem nove cargos de primeiro escalão, e quatro tiveram mudanças desde março tem a concordância de apenas quatro deputados: Veneri, Belinati, Rossoni e Felipe Lucas. Todos os funcionários de cargos em confiança da Assembleia foram exonerados na sexta-feira e a assessoria de imprensa da Casa informou que a recontratação começaria hoje, com a nomeação dos diretores, sem sinalizar se acontecerão novas mudanças.
As medidas tomadas pelo alto comando da Assembleia em todo o momento de crise que a Assembleia passa só agradaram completamente a cinco deputados: Antonio Anibelli, Ademir Bier, Jocelito Canto, Luiz Carlos Martins e Tadeu Veneri. As medidas foram acertadas, em parte, para os deputados Ney Leprevost e Valdir Rossoni. Oito dos 12 deputados que responderam o questionário disseram que seria sim possível que desmandos tivessem acontecido sem o conhecimento do alto comando da Casa. Eles argumentaram que é muito comum que ocorram várias situações que não são do conhecimento do ordenador de despesas ou do chefe de um poder, como um prefeito, por exemplo. Para Leprevost, os deputados que comandam a Casa sabiam de parte e para Douglas Fabrício era impossível que não soubessem.
As respostas de Felipe Lucas, Kielse Crisóstomo, Marcelo Rangel, Tadeu Veneri e Valdir Rossoni, indicam que o alto comando não tem mais condições de permanecer à frente da Assembleia. Ney Leprevost acredita que apenas o presidente não tem mais condições dese manter no cargo. Os demais consultados defendem a permanência ou não responderam a questão.
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