O presidente de Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Nelson Justus (DEM), acusou estudantes de terem agredido funcionários da Casa em discurso na abertura da sessão desta quarta-feira (14). A suposta agressão teria ocorrido durante uma manifestação na Assembleia na manhã desta quarta-feira (14). Estudantes forçaram a entrada na Assembleia, derrubaram o portão e invadiram o local.
"O que não podemos concordar embora tenhamos participado do movimento estudantil é com agressão aos funcionários da Assembleia", disse o deputado.
Por causa do episódio, Justus disse que iria enviar um ofício à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para que o policiamento no local seja reforçado. O presidente da Casa disse ainda que houve excessos por parte de alguns estudantes.
A manifestação que ocorreu na Assembleia foi a parte de final de um protesto que ocorreu na manhã desta quarta-feira. Estudantes, membros de movimentos sociais e sindicalistas fizeram passeata no Centro de Curitiba em que exigiam que Justus se afastasse da Casa de Leis. Eles também queriam ser recebidos pelo presidente da Assembleia, o que não aconteceu.
Já o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Mario de Andrade, afirmou que não houve confronto com os policiais e nem com os seguranças da casa.
Parentesco entre funcionários
Justus disse também que funcionários com grau de parentesco não serão nomeados na Casa de Leis. Ele afirmou que todos os parlamentares foram comunicados que caso existam parentes trabalhando em seus gabinetes esses servidores serão exonerados.
Sobre a situação de seu gabinete, o presidente da Casa disse que não existem parentes prestando serviços.O jornal Gazeta do Povo e a RPC-TV denunciaram na terça-feira (13) que um dos assessores de Justus, Luis Alexandre Barbosa, empregou 12 parentes na Casa e metade eram funcionários do gabinete do deputado do DEM ou da presidência. A Diretoria de Comunicação da Casa informou na terça-feira (13) que tinha exonerado seis pessoas. Mas, o deputado do DEM afirmou que todos os parentes de seu assessor de gabinete tinham sido exonerados. Parte das demissões teria ocorrido há anos (não houve especificação da data) e que os demais foram exonerados a partir da resolução aprovada na última segunda-feira (12). "Vamos resolver a questão de pessoal", disse o presidente da Assembleia ao afirmar que o recadastramento irá acabar com as irregularidades da Casa, como a contratação de funcionários fantasmas denunciada na série Diários Secretos. Investigações Justus disse também que está colaborando com as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, para que depois não seja acusado de atrapalhar a apuração desses órgãos sobre as irregularidades da Casa. "Todos nós seremos julgados daqui alguns meses pela população. Não cabe a ninguém antecipá-lo", disse o deputado.
Assista à reportagem em vídeo:
Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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