Dois dos três principais pré-candidatos ao governo do estado não se posicionaram sobre o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná. Questionados pela reportagem, Orlando Pessuti (PMDB) e Beto Richa (PSDB) preferiram se manter neutros sobre o caso e não responder se defendem ou não o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora. Ambos são ex-deputados estaduais. Apenas o senador Osmar Dias (PDT) deixou a neutralidade de lado e se declarou favorável ao afastamento dos integrantes da Mesa.
"A Justiça é o foro mais apropriado para resolver isso", respondeu Richa. O governador Orlando Pessuti também foi evasivo quando questionado sobre o caso da Assembleia Legislativa. Durante coletiva em Londrina (no Norte do estado), Pessuti disse que acompanha o assunto com "interesse de cidadão e governador" e que espera "que as denúncias sejam investigadas e esclarecidas e os culpados, punidos".
Osmar Dias, que no levantamento realizado pela Gazeta do Povo no início de maio preferiu não opinar, mudou de posicionamento e passou a defender o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora. Por meio de nota divulgada no início da semana passada, o senador informou considerar importante o afastamento para facilitar as investigações sobre as irregularidades que envolvem a Assembleia Legislativa.
Dos três pré-candidatos, Osmar é o único que não possui colegas de partido na composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O presidente do partido de Richa, o tucano Valdir Rossoni, ocupa a segunda-secretária da Casa. Já o PMDB, partido de Pessuti, é dono de duas cadeiras da Mesa Diretora. A primeira-vice-presidência, que é ocupada pelo deputado Antonio Anibelli, e a primeira-secretaria, comandada por Alexandre Curi apontado como um dos responsáveis pelas irregularidades na Assembleia Legislativa.
A neutralidade de Pessuti e Richa segue o padrão dos deputados estaduais. Na Assembleia Legislativa, dos 54 parlamentares, 40 preferiram não responder ao questionamento. Dos 14 que tomaram uma posição, as opiniões são divididas. Sete se manifestaram a favor do afastamento dos integrantes da Mesa Tadeu Veneri (PT); Eduardo Cheida (PMDB); Neivo Beraldin (PDT); Ney Leprevost (PP) e os três integrantes da bancada do PPS: Felipe Lucas, Douglas Fabrício e Marcelo Rangel. Outros sete são contra Ademir Bier (PMDB); Antonio Anibelli (PMDB); Antonio Belinati (PP); Jocelito Canto (PTB); Cleiton Kiélse (PMDB); Luiz Carlos Martins (PDT); e Valdir Rossoni (PSDB).
Dos 30 parlamentares que formam a bancada paranaense na Câmara dos Deputados, 16 tomaram uma posição. Desses, 4 afirmaram ser contra o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora Eduardo Sciarra (DEM); Hermes Parcianello (PMDB); Moacir Micheletto (PMDB); e Osmar Serraglio (PMDB) e 12 afirmaram ser favoráveis Affonso Camargo (PSDB); Angelo Vanhoni (PT); Cassio Taniguchi (DEM); Dr. Rosinha (PT); Fernando Giacobo (PR); Gustavo Fruet (PSDB); Luiz Carlos Hauly (PSDB); Marcelo Almeida (PMDB); Ratinho Júnior (PSC); Reinhold Stephanes (PMDB); Rodrigo Rocha Loures (PMDB); e Wilson Picler (PDT).
Apenas os senadores paranaenses saíram de cima do muro em sua totalidade. Além de Osmar, Alvaro Dias (PSDB) e Flávio Arns (PSDB) se posicionaram a favor do afastamento dos integrantes da Mesa. Na avaliação de Arns, o afastamento é necessário para preservar as investigações. Alvaro, por sua vez, é favorável ao afastamento apenas dos integrantes da Mesa que estão sob suspeita de envolvimento com as irregularidades.
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