A presidente em exercício do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Paraná (Sindilegis), Diva Scaramella Ogibowski, diz ter sido ameaçada por funcionários do Legislativo.No início do mês, ela já havia afirmado que foi enganada ao assinar um documento que impedia o acesso do Ministério Público (MP) aos dados de servidores da Casa.
Nesta terça-feira (25), Diva foi até a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ela contou que foi expulsa da sede do Sindilegis por um grupo de 15 pessoas que incluíam servidores e seguranças da Assembleia Legislativa. Eles teriam dito que o sindicato estava sob intervenção e teriam exigido que ela assinasse a renúncia ao cargo de presidente, no entanto, Diva não aceitou a proposta. "Uma humilhação eu sair daquele jeito. Senti vergonha de ser honesta e ver os desonestos me exonerarem", disse ela em entrevista ao telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPC TV.
A mulher informou que não registrou uma queixa oficial de ameaça e que ainda vai decidir se vai deixar o sindicato ou não. Até meados de março, Diva era vice-presidente do Sindilegis. A entidade era comandada há mais de uma década pelo ex-diretor-geral Abib Miguel. Bibinho, como é conhecido, foi preso durante as investigações do MP que apuram um esquema de desvio de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas na Assembleia.
Engano
No último dia 3, Diva disse ter sido "usada" e "enganada" por alguns servidores da Assembleia. Segundo ela, dez funcionários a procuraram com um documento que já estava pronto. Uma dessas pessoas, segundo Diva, era o diretor de pessoal da Casa, Antônio Carlos Gulbino. O documento assinado era um mandado de segurança que impedia o acesso do MP a dados financeiros dos funcionários do Legislativo paranaense. Ela disse que não tinha conhecimento de que o mandado beneficiava funcionários comissionados - contratados sem concurso público e desistiu da ação judicial.
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