A sessão ordinária da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná desta quarta-feira (17) foi suspensa apenas 15 minutos depois do início. O presidente da Casa, o deputado Nelson Justus (DEM), deu início aos trabalhos com a chamada nominal do parlamentares e a leitura da ata da sessão anterior. Logo em seguida, anunciou a suspensão da sessão e convidou os deputados a se reunirem em uma sala reservada.
Havia sete itens na pauta da sessão desta quarta-feira. A maior parte dos projetos envolve a denominação de bens públicos e a declaração de utilidade pública de entidades beneficentes. Também estava na pauta a prestação de contas dos deputados referente ao mês de fevereiro de 2010 e a prestação de contas do governo do estado de 2008.
No início da tarde, o diretório estadual do Partido Popular Socialista (PPS) Paraná divulgou uma nota pedindo investigações rigorosas para apurar as denúncias publicadas pelo jornal Gazeta do Povo e da RPCTV sobre a existência de Diários secretos na Assembleia do Paraná.
O PPS pediu o afastamento imediato de todos os envolvidos. "Para o PPS, as denúncias oportunizam ao parlamento demonstrar autonomia e compromisso com o povo do Paraná. Nesse momento histórico da política estadual, a Assembleia Legislativa, pilar da democracia, tem a chance e o dever de apurar os fatos e punir os culpados, sem a necessidade de interferência de outros poderes. Esta atitude resgata o prestígio e exibe a real função do parlamento junto à sociedade", afirma a nota.
Sindicância
Na terça-feira (16), Justus anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar as denúncias. "Eu iniciei, com a ajuda de todos os senhores e de todas as senhoras, esse processo de transparência, que não tem volta. Não tem volta. E isso já ficou esclarecido. Portanto, doa a quem doer, esta comissão vai apurar todas essas denúncias, uma a uma."
Na primeira de uma série de matérias, a reportagem mostrou a existência de edições avulsas do Diário Oficial do Legislativo e revelou o caso de duas mulheres, moradoras da área rural de Cerro Azul, que aparecem como funcionárias da Assembleia e teriam recebido R$ 1,6 milhão em cinco anos. No entanto, as duas, mãe e filha, sobrevivem graças ao pagamento do Bolsa Família.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião