Entre os nomes que aparecem na investigação da Polícia Federal batizada de Carne Fraca, e que veio à tona nesta sexta-feira (17), está o de Ronaldo Troncha, que trabalhou como chefe de gabinete do deputado federal pelo Paraná Sérgio Souza (PMDB), ao menos entre abril de 2015 e agosto de 2016.
Em entrevista à Gazeta do Povo, o parlamentar não explicou os motivos da exoneração. Disse apenas que foi “a pedido”. Também reforçou que não sabe de nenhuma irregularidade envolvendo Troncha, por quem tem “o maior respeito, a maior admiração”. “Até estranhei tudo isso”, disse Sérgio Souza.
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O peemedebista disse que Troncha já foi chefe de gabinete de Moacir Micheletto, deputado federal pelo PMDB do Paraná morto em um acidente de carro em 2012.
Em relação a Troncha, a PF pediu à Justiça Federal que ele fosse alvo de um mandado de condução coercitiva. A reportagem ainda não conseguiu contato com ele nesta sexta-feira (17).
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Leia a matéria completaA investigação da PF identificou dois depósitos para Troncha, que estariam relacionados ao esquema criminoso. Um depósito no valor de R$ 5 mil foi feito em 13 de agosto de 2009. Outro depósito de mesmo valor foi feito em 13 de junho de 2011. “Neste período, ele não trabalhava comigo”, completou Sérgio Souza.
Segundo a PF, monitoramento eletrônico revelou que Troncha atuava “em defesa de interesses próprios e de empresas”.
À Gazeta do Povo, Sérgio Souza também negou qualquer relação dele com o esquema criminoso.
“Uma parte do esquema criminoso dos agentes fiscais ajudava em campanhas políticas ligadas ao PMDB e ao PP. Isso é bem comum ao longo da investigação. Não foi aprofundado porque o nosso foco era saúde pública, corrupção e lavagem de dinheiro”, disse o delegado federal Maurício Moscardi Grillo, durante entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira (17).
“Para a minha campanha não teve nada disso. Como eu sou um parlamentar da bancada ruralista, e o Paraná é destaque no agronegócio, a minha relação e, a de outros parlamentares do estado, com a pasta da Agricultura, é obviamente estreita. Mas não tem irregularidades. Defendo toda a investigação”, afirmou Sérgio Souza.
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