A Controladoria-Geral da União (CGU) instaurou ontem uma comissão destinada a fazer uma sindicância patrimonial para apurar as denúncias de enriquecimento ilícito de Mauro Barbosa, ex-chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, um dos primeiros demitidos na crise do setor.
Mauro Barbosa, que é funcionário de carreira da CGU, está construindo uma mansão de 1,4 mil metros quadrados no Lago Sul, um bairro nobre de Brasília, avaliada em mais de R$ 4 milhões.
Logo após seu afastamento do cargo no Ministério dos Transportes, Barbosa entrou de férias por 30 dias e comunicou sua decisão à Controladoria, a exemplo do que fez o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot. A comissão tem 30 dias para apurar as denúncias, que podem ser prorrogados por mais 30 dias.
Conselho de Ética
Outro citado no escândalo o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), acusado de ser um dos líderes do suposto esquema de desvio de recursos no Ministério dos Transportes corre risco de ter de se explicar à Comissão de Ética da Câmara. O PSol e o PPS devem apresentar hoje uma representação no Conselho contra o Valdemar. Os partidos pedirão que se investigue a atuação de Valdemar e pessoas de sua confiança no ministério dos Transportes e em outros postos no governo federal.
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