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"Fui ao Dnit no sentido de conquistar obras e apressá-las." Ricardo Barros (PP), ex-deputado federal da região de Maringá | Priscila Forone/Gazeta do Povo
"Fui ao Dnit no sentido de conquistar obras e apressá-las." Ricardo Barros (PP), ex-deputado federal da região de Maringá| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Citado pelo diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, durante a audiência de ontem no Se­­nado, o ex-deputado federal Ricardo Barros (PP) confirmou que o procurou "muitas vezes". "Fui ao Dnit no sentido de conquistar obras e apressá-las", disse o ex-parlamentar. Ele não recebeu doações diretas da empreiteira Sanches Tripoloni, mas o diretório nacional do PP ficou com R$ 200 mil.

Vice-líder do governo na Câmara dos Deputados durante as gestões Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT), Barros afirmou que também recorreu ao TCU para "esclarecer questões" e evitar que o empreendimento fosse paralisado. "Co­­memoramos e temos muito or­­gulho dessa obra, conquistada com insistência e competência, graças à boa parceria que sempre tivemos com o governo federal." Ele lembrou que o andamento do Contorno Norte é fruto de uma emenda de bancada dos congressistas paranaenses.

O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), não foi encontrado para comentar as declarações de Pagot. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, ele está de férias, em viagem com a família. Em nota encaminhada para a imprensa, o município informou que o prefeito e sua equipe estiveram várias vezes no Dnit para tratar de assuntos referentes à obra e a contrapartida do município.

A assessoria também informou que a construtora não tem nenhuma obra em andamento contratada pela prefeitura. O último contrato entre o município e a empresa foi para a construção do aeroporto de Maringá, na gestão Said Ferreira (1993-1996).

Na Sanches Tripoloni, a informação é que somente os diretores André e Paulo Tripoloni falam sobre o caso. Mas os dois não foram encontrados na empresa. Em nota encaminhada para a imprensa, a empreiteira informa que o crescimento obtido nos últimos anos acompanhou a expansão do setor de infraestrutura no Brasil, período em que realizou obras de melhoria e expansão do setor rodoviário e projetos de ferrovias, portos e aeroportos.

Sobre questões referentes a doações eleitorais realizadas pela empresa, o setor jurídico da construtora informou que a "Sanches Tripoloni observa que sempre acreditou na democracia representativa e plural e que todas as contribuições foram devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral".

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