O ex-presidente da Câmara do Distrito Federal Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM) prestou depoimento na Polícia Federal (PF) a respeito do chamado "mensalão do DEM". Flagrado em vídeo colocando maços de cédulas nas meias, Prudente negou participação no esquema e alegou que o dinheiro era caixa 2. Por sua vez, o governador cassado e preso José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) usou o direito de ficar calado e se recusou a responder ao questionário da PF.
Desencadeada em 27 de novembro passado, a Operação Caixa de Pandora desarticulou o esquema, que consistia na distribuição de propinas a parlamentares e membros do alto escalão do governo do DF. O dinheiro, conforme revelou o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, réu colaborador do inquérito, seria arrecadado de empresários, sobretudo da área de informática, detentores de contratos superfaturados no governo.
Arruda está preso desde 11 de fevereiro, com outras cinco pessoas, acusado de obstrução da Justiça e tentativa de corrupção de testemunha do inquérito. A PF começou na segunda-feira (29) a ouvir os 42 citados no caso, tarefa que deve estar concluída até quinta-feira. Além de Arruda e de Prudente, depuseram ontem oito suspeitos, entre eles o ex-secretário de Comunicação Welligton Moraes, que está preso na Penitenciária da Papuda.
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