O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso desde março na Operação Lava Jato, deve deixar a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, por volta das 7h30 desta quarta-feira (17) para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, no Congresso Nacional, em Brasília.
Conforme informações da assessoria da PF, Costa deve decolar do Aeroporto Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba, às 9h, e desembarcar na capital federal por volta das 10h30, em avião da PF. Do aeroporto, o ex-diretor seguirá para a Superintendência da PF em Brasília, onde deve aguardar o horário do depoimento, marcado para às 14h30, no Senado Federal.
Ainda conforme a assessoria, Paulo Roberto deve retornar para Curitiba na própria quarta-feira, mas não há previsão de horário. Conforme orientação do juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso, "deve ser evitada" a utilização de algemas na apresentação do preso, já que o ex-diretor não é acusado de crimes violentos. No documento, Moro também destaca que devem ser garantidos o direito do réu de permanecer em silêncio na CPMI.
Depoimento
A CPMI da Petrobras requisitou uma segunda oitiva com o ex-diretor da Petrobras diante das informações de que Paulo Roberto Costa teria firmado acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, no qual, conforme reportagens, entregou nomes de políticos e empresas envolvidos em desvios de dinheiro da estatal.
Com a intenção de fazer que Paulo Roberto evite o silêncio, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) afirmou em entrevista à TV Senado que, a princípio, a sessão será aberta, mas não descartou a possibilidade de tornar a reunião secreta dependendo das perguntas dos parlamentares e do que o depoente disser.
Conforme o site do Senado, um esquema especial de segurança está sendo montado para o depoimento do ex-diretor. O acesso à ala onde fia o plenário da audiência será restrito aos servidores, parlamentares e à imprensa credenciada. Na sala de oitiva, só será permitida a entrada de 60 pessoas.
Primeira oitiva
Em primeiro depoimento da CPMI, em junho, Costa negou qualquer envolvimento com desvios de dinheiro na Petrobras. Aos parlamentares, porém, ele admitiu que prestou serviços de consultoria ao doleiro londrinense Alberto Youssef e recebeu como pagamento um carro de luxo no valor de R$ 250 mil.
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