Ex-ministro Carlos Lupi em entrevista na Praça Tiradentes, em Curitiba, durante a comemoracao dos 150 anos do nascimento de Getúlio Vargas.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Em um encontro realizado na tarde desta quinta-feira (19), em Curitiba, para comemorar o 130º aniversário de nascimento de Getúlio Vargas, o ex-ministro e atual presidente do PDT, Carlos Lupi, falou sobre as eleições municipais da capital paranaense e sobre sua saída do Ministério do Trabalho, no final de 2011.

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O encontro foi realizado na Praça Tiradentes, no centro da cidade, às 17 horas, e contou com a participação dos prefeitos de Paranaguá e Londrina, José Baka Filho e Barbosa Neto, respectivamente. O ex-senador e candidato pedetista Gustavo Fruet, não foi ao encontro e justificou que tinha compromissos em Brasília.

Durante a comemoração, Lupi disse que vê com otimismo a candidatura de Fruet. "Ele é um homem experiente, vivido. Ele foi o parlamentar mais votado para o Senado da capital e tem projetos interessantes para a cidade. É o que está mais preparado", disse.

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Lupi também comentou o apoio do PT ao candidato pedetista, definido em eleição interna do partido no último final de semana. "A aliança dá mais força. Nós já somos aliados nacionais, apoiamos a presidente Dilma Rousseff desde o primeiro momento, como tínhamos apoiado Lula".

Sobre o apoio do governador Beto Richa (PSDB) ao atual prefeito Luciano Ducci (PSB), o ex-ministro disse não temer "a máquina pública". "Se isso fosse garantir uma eleição, teríamos o Brasil governado apenas por banqueiros e por quem tem poder econômico. A máquina pode ajudar, mas não vence uma eleição", afirmou.

Ministério do Trabalho

Durante a coletiva, o presidente nacional do PDT comentou também sua saída conturbada do Ministério do Trabalho, no final de 2011. Lupi foi o sétimo ministro a deixar a equipe de Dilma Rousseff, por sugestão do Conselho de Ética, após uma série de denúncias envolvendo uma viagem feita por ele ao Maranhão em um avião particular. De acordo com as denúncias, a aeronave foi providenciada pro um diretor de ONGs com convênios com o Ministério.

"Tenho 30 anos de vida pública e minha vida é limpa e transparente. Aquele momento já passou e ninguém sabe até hoje do que me acusaram. No fundo, foi ação política e eu tive que recuar, pois estava afetando minha família", disse o ex-ministro.

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