A defesa de Josiane Portes de Barros Ruts, ex-mulher do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Ruts, aguarda uma decisão sobre o pedido de revogação de prisão, apresentado no dia 11 de março, no Fórum da Comarca de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba. Josiane está presa desde o dia 4 de março, acusada de ser a mandante do assassinato de Adel Ruts, ocorrido no dia 1º .
Por volta das 16 horas desta segunda-feira (22), o advogado Elias Matar Assad, que representa Josiane, protocolou uma manifestação sobre o processo e pediu à juíza Adriana Benini que emita um parecer sobre o pedido de revogação da prisão de sua cliente. A expectativa de Assad é que a juíza apresente sua decisão até a terça-feira (23). "Queremos uma decisão, seja favorável ou negativa. O mais provável é que tenhamos uma resposta amanhã [terça-feira]", disse Assad.
Caso a magistrada não acate o pedido de revogação de prisão apresentado pela defesa, Assad pretende impetrar um pedido de habeas-corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O advogado trabalha com a tese de presunção de inocência e ressalta que Josiane é ré primária e tem residência fixa. Ela nega sua participação no crime. Na internet, circula um vídeo gravado por Assad, em que Josiane se defende das acusações.
Nesta segunda, o advogado visitou Josiane no Centro de Triagem, onde ela está presa. Segundo Assad, sua cliente está bastante tranquila, porém angustiada com a morosidade do processo. "Ela sabe que não fez nada, por isso não tem nada a temer. Mas esta demora aparente está gerando uma angústia, em função da complexidade do caso", contou Assad.
O crime
De acordo com a versão oficial da Polícia, por volta das 20 horas do dia 1º de março, Adel Ruts foi abordado por dois motociclistas, enquanto chegava em casa, no Centro de Rio Branco do Sul. Ele foi atingido por cinco tiros. Os disparos teriam sido efetuados por Fábio Faria e Daniel Santos, que estariam na mesma moto. Os dois contavam com a cobertura de Selmo dos Santos, que acompanhava a ação criminosa em outra motocicleta.
Para a Polícia, Josiane foi a mandante do crime e o grupo receberia R$ 25 mil pela execução, dos quais R$ 15 mil já teriam sido pagos pela acusada. Faria confessou o crime e apontou Josiane como mandante da execução, mas posteriormente mudou seu depoimento.
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