João Gualberto Pereira Neto, executivo da Arxo, se entregou na tarde desta sexta-feira (6) à Polícia Federal em Curitiba. Ele estava fora do país e chegou ao Brasil nesta sexta. A empresa foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (5) durante a deflagração da nona fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Outros dois executivos da empresa foram presos na quinta-feira, o sócio proprietário Gilson João Pereira e o diretor financeiro Sérgio Maçaneiro. Eles foram presos em Santa Catarina e prestariam depoimento na tarde desta sexta-feira.
O advogado dos executivos afirmou que a denúncia feita por uma ex-funcionária da empresa foi motivada por revanchismo. "Essa prisão e essas medidas que foram tomadas contra a empresa são fruto de uma vingança dessa funcionária que foi pega desviando dinheiro da empresa e já foi inclusive demitida", disse o advogado Leonardo Pereima.
De acordo com Pereima, a Arxo descobriu que a funcionária teria desviado cerca de R$ 1 milhão da empresa. "A Arxo descobriu que ela estava cometendo desvios, fraudes dentro da empresa", disse o advogado.
Na sede da empresa, a Polícia Federal encontrou dinheiro escondido, mas ainda não divulgou o valor. "Esse dinheiro parte era para pagamento de funcionários e parte era do pró-labore de um dos sócios", disse Pereima.
Segundo a PF, foram encontradas moedas nacional e estrangeira na empresa. "Nós temos um dos sócios que residia no exterior há muito tempo. Parte do dinheiro era dele", explicou o advogado.
De acordo com os investigadores da Lava Jato, a Arxo é suspeita de fraudar licitações e pagar propina para firmar contratos com a BR Distribuidora. "Todas as licitações que a Arxo participou foram certames regulares, procedimentos lícitos, que foram aprovados e estão dentro dos padrões legais", disse o advogado dos executivos. "A diretoria da Arxo desconhece qualquer pagamento de propina", completou.
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