Inquérito deve ser concluído no final da próxima semana, segundo previsão do delegado
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A família de Gilmar Rafael Yared, uma das vítimas do acidente provocado pelo ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, realizou uma manifestação nesta sexta-feira (7) no local do acidente. O protesto foi pela demora na conclusão do inquérito do caso. O acidente completou três meses nesta sexta.
Foram espalhadas faixas de protesto na esquina das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, bairro Mossunguê, em Curitiba, onde o carro do ex-deputado atingiu o carro das vítimas. As faixas traziam as mensagens: "Eu não esqueci"; "190 km/h e nem foi multado"; "você só vai se importar quando a vítima for você"; "radar pra quê?" e "cadê a justiça?".
O delegado Armando Braga de Moraes, responsável pela investigação, informou, na quinta-feira (6), que pretende finalizar o inquérito e remetê-lo ao Ministério Público (MP) até o fim da próxima semana. Ele aguarda a entrega de dois laudos feitos pelo Instituto de Criminalística. Segundo uma das peritas responsáveis pela produção dos laudos, os documentos deve chegar às mãos do delegado até terça-feira (11).
Entenda o caso
O acidente aconteceu na madrugada do dia 7 de maio. O então deputado dirigia um Volkswagen Passat de cor preta, que acabou batendo contra um Honda Fit de cor prata. Após a colisão, os carros foram parar em uma via local paralela à Monsenhor Ivo Zanlorenzi. Pedaços de lataria, vidros e ferros ficaram espalhados por cerca de cem metros. Os dois ocupantes do Honda morreram no local.
O acidente ganhou repercussão nacional após a Gazeta do Povo revelar que Carli Filho tinha 130 ponto na carteira de habilitação e do exame do Instituto Médico Legal informar que ele conduzia o veículo em estado de embriaguez. O caso expôs um histórico de multas de políticos e de 68 mil cidadãos que dirigiam com a carteira de habilitação suspensa.
No dia 29 de maio, Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual. O pedido oficial da renúncia é encaminhado ao presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM). Sem o foro privilegiado, o inquérito criminal voltou a tramitar nas instâncias normais, e Carli pode ser levado a júri popular.
O ex-deputado prestou depoimento à polícia no apart hotel onde estava hospedado em São Paulo no dia 9 de junho. Ele disse que não se lembra de nada do acidente. Reconstituição do acidente concluiu que o carro de Carli "decolou" pelo menos dez metros antes da batida e, para isso, teria que estar a uma velocidade mínima de 120 quilômetros por hora.
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