Quem passa pela Avenida Anita Garibaldi, em frente ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, já deve ter se acostumado aos laços verde-e-amarelos presos às árvores e aos postes da região, assim como às frequentes manifestações em apoio à Operação Lava Jato e ao juiz Sergio Moro.
Nesta semana, o cenário ganhou duas barracas de lona e madeira que foram instaladas na praça em frente à Justiça para abrigar apoiadores mais “ferrenhos”.
Segundo a dona de casa Joriane Aguni, o empresário Anderson Silva e a educadora infantil Elizeth Sgerne de Souza, trio que fazia o turno da tarde de quinta-feira no acampamento, aproximadamente 15 pessoas se revezam no local. Os materiais foram comprados graças a uma vaquinha feita pelo grupo, mesma estratégia utilizada para o aluguel de um banheiro químico, que deverá ser deixado no local ainda hoje.
Já os alimentos são fornecidos, em geral, por membros do Movimento Brasil Livre (MBL), mas o chamado “quartel general contra a corrupção e a favor de Sergio Moro” não é ligado a um único grupo: todos que se identificarem são bem-vindos.
Além de serem favoráveis ao impeachment de Dilma, os “acampados” defendem a saída de todos os políticos corruptos de seus cargos, assim como a punição dos empresários que participarem em crimes que lesam o país. “Os políticos estão usando a máquina pública para prejudicar quem, na minha opinião, é o herói do país, o juiz Sergio Moro”, diz Anderson. Por isso, ele e suas companheiras não pretendem deixar o local.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião