Uma câmera filmadora posta em cima da bancada dos vereadores interrompeu por cerca de 30 minutos a sessão plenária da Câmara Municipal de Curitiba na manhã desta terça-feira (4). A máquina foi disposta no local pelo vereador Professor Galdino (PSDB) que, segundo a assessoria de imprensa da presidência da Casa, posicionou o objeto de tal maneira para que ele mesmo pudesse filmar a sessão e, assim, manter livre seu único assessor presente.
Uma portaria estabelecida pela Câmara permite o ingresso e a permanência de apenas um assessor parlamentar durante as sessões, por causa do espaço restrito do plenário. Além disso, o documento determina que as fotografias e filmagens realizadas no plenário fiquem restritas aos profissionais da assessoria de imprensa da Casa e aos veículos de comunicação.
Incomodado com a presença da máquina, o vereador Jorge Bernardi (PDT) solicitou que Galdino retirasse o objeto da bancada, alegando que a portaria estabelecida pela Casa não permitia a filmagem. "Você não pode transformar a Câmara em um Big Brother, ou seja, exagerar em tudo. O fato de você filmar não tem nenhum problema. A questão é o exagero, a utilização para o mal dessas imagens, ridicularizando os vereadores. Isso é um desrespeito a qualquer cidadão", disse Bernardi.
Como o professor manteve a câmera posicionada no local mesmo após o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), pedir a retirada do objeto, a sessão foi interrompida para uma reunião de líderes. Na volta, o vereador retirou a máquina da bancada, e a reunião prosseguiu normalmente.
Outro lado
Galdino confirmou o motivou pelo qual ele próprio estava manipulando a máquina e disse ainda que a discussão surgiu porque os vereadores ficaram preocupados com o conteúdo do vídeo. Ele negou que teria ficado irritado porque não foi permitida a entrada no plenário de um segundo assessor dele.
"Eu só quero mostrar a transparência da Câmara Municipal de Curitiba, mas tem alguns vereadores que se preocupam com isso. Eles dizem que não querem que eu mostre a intimidade deles, mas não é na câmara que eles vão ter intimidade", falou o professor.
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