O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou segunda-feira (10), no Rio de Janeiro, que o inquérito da Operação Satiagraha, que investigou supostos crimes do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunitty, está sendo todo refeito pela Polícia Federal (PF) para ser apresentado à Justiça livre de provas obtidas de maneira ilegal. Ele disse que estão enganados aqueles que acham que a PF abandonou as investigações sobre Dantas para investigar o delegado Protógenes Queiroz, que presidiu as investigações na sua primeira fase e deverá ser indiciado por violação de sigilo e escuta sem autorização judicial.
Segundo o ministro, "rapidamente" será visto que "é falsa" a avaliação sobre a suposta mudança de foco dos federais, que trabalham, disse, tecnicamente e com profissionalismo. "O que está sendo feito é um refazimento do inquérito do Daniel Dantas, que vai dizer se ele tem responsabilidade ou não, não estou prejulgando", afirmou o ministro, após reunião com o superintendente da PF no Rio, delegado Valdinho Jacinto Caetano, cujo nome praticamente confirmou como novo Corregedor da PF, a partir de dezembro.
"Aquela equipe técnica que foi para São Paulo, de delegados, de peritos, de agentes, que foi para lá para fazer o inquérito, está trabalhando em silêncio, tecnicamente, judiciosamente, com a participação do Ministério Público, fazendo e refazendo todo o levantamento. Tudo o que for apresentado agora naquele inquérito vai estar livre de qualquer nulidade e de qualquer problema que tenha ocorrido anteriormente.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia