Ao fechar o guarda-volumes destinos a pessoas em situação de rua, o atual prefeito Rafael Greca ressaltou que a “era Fruet” havia acabado. Mas há projetos lançados pelo seu antecessor que estão sendo mantidos e contam com o interesse da nova gestão. Um deles é a Tuboteca, espaço onde passageiros do transporte coletivo podem emprestar livros sem qualquer tipo de cadastro.
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Leia a matéria completaAs Tubotecas estão em dez estações-tubo da capital atualmente (a relação completa está aqui). Antes de se demitir do cargo, Maurício Appel, havia concedido uma entrevista à Gazeta do Povo dizendo que estava discutindo a expansão do projeto para mais pontos da cidade. “Toda iniciativa que leve educação e cultura aos curitibanos, ainda com baixo custo, tem que ser mantida”, disse o então presidente da FCC e gestor do acervo de João Turin. Ele se demitiu após vir à tona um processo em que a própria fundação o processava por falta de prestação de contas, antes de a entrevista ser publicada.
Segundo Patricia Wohlke, gestora das Casas de Leitura, a nova presidência da Fundação Cultural de Curitiba ainda deverá se pronunciar sobre a ideia de expandir o projeto. Ela, entretanto, avalia que há demanda para isso. “Existe uma solicitação da comunidade e das pessoas e até de algumas empresas que gostariam de colocar Tubotecas em outros pontos”.
Oficialmente, a prefeitura informou que a atual gestão tem interesse no projeto. Mas que sua continuidade dependerá de avaliação da nova presidência da Fundação Cultural de Curitiba.
O projeto Tubotecas foi lançado em março de 2013 e chegou a ser elogiado na premiação iF Design Award de 2016 pelos eu caráter ao mesmo tempo inovador e descomplicado.
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Leia a matéria completaA reposição dos livros, segundo Wohlke, tem sido diária – mesma frequência que já era praticada durante a gestão Fruet e a manutenção do projeto foi elogiada por cobradores das estações-tubo e passageiros. “Eu pego [livros] para mim, para meu sobrinho. É uma iniciativa que funcionou. Vejo vários passageiros pegando os livros”, contou Júlio Santos Ribas, 50, cobrador de uma das estações-tubo da Praça Rui Barbosa há 17 anos.
A passageira Vera Lúcia da Silva, 38, foi na mesma linha. E ressaltou seu compromisso com a devolução. “Sempre pego. E devolvo”, sorriu. Usuária da linha que vai para o terminal do Pinheirinho, Silva diz ter recolocado a leitura em dia com o projeto. E é essa relação que Wohlke ressalta como primordial para a manutenção das Tubotecas.
“A ideia do projeto é essa: aproximar a população dos livros e da leitura. Mas mais do que isso, ele permite o exercício da cidadania. O desapego em relação à devolução e também em relação à doação, para que esse material sirva à população de uma maneira mais efetiva do que se estivesse guardado em uma estante pegando pó.”
Quer doar? Veja como
As doações podem ser feitas em qualquer equipamento mantido pela Fundação Cultural de Curitiba, nas Casas da Leitura, na sede da FCC (Rua Engenheiros Rebouças, 1.732 – Rebouças), no Ippuc (Rua Bom Jesus, 669 – Cabral) e na sede da Prefeitura (Av. Cândido de Abreu, 817 – Centro Cívico). Segundo a FCC, as Tubotecas já receberam 270 mil livros doados – 227 mil deles foram aproveitados no projeto. Desse total, diz a fundação, 193.262 estão em circulação
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