Atualizada na terça-feira, dia 11/07, às 18h33

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O impasse entre governo e oposição para votar a MP 291, que estabelece em 5% o reajuste para aposentadorias acima do salário-mínimo, ainda não foi resolvido. A reunião nesta terça-feira do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, com líderes partidários para desobstruir a pauta da Casa terminou sem acordo. A estratégia da oposição é impor novo desgaste político ao governo e tentar aprovar novamente, na MP 291, o índice de 16,67%, já vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse, nesta segunda, que este índice (16,67%) é politiqueiro.

Os partidos da base aliada argumentam que Lula já passou pelo desgaste de vetar o reajuste e que não faz sentido votar de novo a mesma matéria. A oposição, por sua vez, exige votação nominal, para que o presidente e seus líderes assumam o discurso contra um reajuste maior para os aposentados. (Opine: Lula está certo em vetar o reajuste?).

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- O governo vem com essa coisa de consenso, mas a Câmara é a Casa do descenso. Nessa matéria polêmica, cabe votação nominal. O acordo de votação simbólica proposto pelo governo é na verdade um voto secreto, pois querem se esconder atrás da votação simbólica - afirmou o líder do PFL, Rodrigo Maia.

A base aliada reagiu dizendo que a oposição está fazendo política eleitoral, para que, no final, os aposentados não tenham sequer o aumento de 5%.

- Nós estamos sentindo que o PFL e PSDB querem o impasse. Nós já votamos isso na Câmara. Lula já passou pelo desgaste e vetou. Por mais justa que seja a causa, a Previdência não tem como atender todos os aposentados. O PFL quer colocar em risco os 5% que já tem garantido de aumento. A luta política chegou no limite do limite - afirmou o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS).

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que natural que haja luta política na véspera da eleição, mas lembrou que é preciso combiná-la com os interesses sociais.

- Impossível é uma palavra estúpida em política. Impossível é uma palavra que não existe. É natural que na véspera de eleição você tenha disputa política. Mas é preciso combinar a disputa política com os interesses nacionais. A luta política é legítima, mas é preciso formar essa consciência.

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