O governo federal gastou R$ 1.875.486 com a organização do Encontro Nacional com os Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado na semana passada em Brasília. As despesas foram rateadas por ministérios e órgãos ligados à Presidência da República como a Secretaria de Relações Institucionais e Gabinete de Secretaria Institucional.
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, as despesas maiores do governo com o evento saíram do Ministério das Cidades e somaram R$ 1,349 milhão. Ele também afirmou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) entraram com recursos para a organização do encontro dos prefeitos mas não soube especificar os valores.
José Múcio negou qualquer viés político eleitoral no apoio do governo para a realização do evento e, tampouco, qualquer interesse de omitir os gastos. Ele considera natural as críticas da oposição aos gastos feitos num evento de dois dias em Brasília. Segundo o ministro, os partidos de oposição cumprem o seu papel.
"Não houve conotação política eleitoral. O Serra [governador de São Paulo, José Serra] vai fazer inauguração no Paraná, sendo governador de São Paulo, e nós não nos preocupamos", afirmou o ministro ao comentar os questionamentos levantados pelo PSDB. Serra é um potencial candidato à Presidência da República em 2010.
Quanto a participação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no encontro de prefeitos, José Múcio afirmou que ela participou de um dos 36 painéis para explicar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aos prefeitos e prefeitas. O ministro lembrou que Dilma Rousseff, também apontada como possível candidata à sucessão presidencial, é a responsável pela condução do PAC.
De acordo com José Múcio, esse encontro estava previsto, a princípio, para outubro do ano passado, logo após as eleições municipais. No entanto, houve uma avaliação dentro do governo que seria inoportuno trazer a Brasília prefeitos eleitos que ainda não estavam no comando dos municípios.
Na avaliação de pessoas que cuidavam da organização do evento, esse fato poderia gerar problemas com os prefeitos de fim de mandato, repercutindo na Câmara e no Senado, acrescentou o ministro. Segundo ele, a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era trazer os prefeitos o mais rápido possível a Brasília para que tomassem pé dos recursos federais que estão à disposição das prefeituras e os mecanismos burocráticos para obtê-los.
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