O governo federal decidiu encomendar 1 bilhão de preservativos até o final de janeiro e distribuí-los nos próximos anos como parte do seu programa de prevenção à Aids, disse o ministro da Saúde, Agenor Álvares, na sexta-feira.
Falando em um evento relativo ao Dia Mundial da Aids, Álvares declarou que o governo aceitaria ofertas de empresas interessadas no que ele descreveu como a maior encomenda de preservativos do mundo.
No ano passado, 300 milhões de preservativos foram distribuídos pelos programas federais, que a ONU cita como exemplo de eficiência.
A educação e as campanhas de prevenção, muitas vezes recorrendo a celebridades, despertaram a conscientização dos brasileiros para a Aids. Álvares disse que atualmente mais de dois terços dos jovens usam preservativos em sua primeira relação sexual. Há 20 anos, apenas 8 por cento o faziam.
O ministro acrescentou que o Brasil espera evitar os problemas de qualidade encontrados em um lote de 12 milhões de preservativos entregues como parte da última grande encomenda -- 460 milhões de unidades -, adquirida em 2004.
``É uma perda de tempo para nós realizar uma enorme concorrência para comprar milhões e milhões de preservativos, e aí descobrir que 60 por cento [do lote de 12 milhões] não podem ser usados e precisam ser jogados fora.''
O Brasil devolveu o lote de preservativos reprovado nos testes de qualidade.
O país conseguiu estabilizar a taxa de transmissão do vírus HIV e atualmente tem média de 33 mil novos casos por ano. Em 2005, a incidência era de 18 casos para cada 100 mil habitantes, a menor desde 2000.
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