O governo se articula no Congresso para evitar novos contratempos com votações consideradas explosivas em gastos e tenta chegar a um acordo com líderes dos partidos da base aliada sobre a alteração do indexador da dívida dos Estados e municípios.n Nesta segunda-feira, 3, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ricardo Berzoini, se reuniu no Planalto com os líderes dos partidos que apoiam o governo, no primeiro encontro com líderes após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O Planalto até concorda com a troca do indexador da dívida, hoje de 6% a 9% de juros mais IGP-DI para 4% de juros mais Selic ou IPCA, o índice que for menor. Mas o governo rejeita a proposta do retroatividade da renegociação da dívida do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), ideia que o governo considera onerosa para os cofres públicos.
Mas o governo não terá uma situação tão fácil, pois outros problemas podem influenciar o voto dos senadores, como a rebelião de peemedebistas. Nesta segunda, participaram da reunião com Berzoini os senadores José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso; Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado; Humberto Costa (PT-PE), líder do PT e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
O líder peemedebista no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não compareceu à reunião. Ele está magoado com o Planalto porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou a candidatura do petista Camilo Santana (PT), que o derrotou na campanha ao governo do Ceará. O senador Alfredo Nascimento (PR-AM) também não compareceu. O governo quer negociar porque, na quarta-feira, está prevista uma romaria de governadores e prefeitos para pressionar pela votação do tema, em Brasília.
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