Em nota, o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) refutou as afirmações de Rafael Greca (PMN) e disse que a nova gestão está criando justificativas para o não cumprimento das promessas inexequíveis de campanha. Ele insistiu na tese de que os números divulgados pelo atual prefeito sobre a dívida da prefeitura de Curitiba têm motivação política.
“Não é por acaso que todas essas ‘denúncias’ surgem às vésperas do provável aumento da tarifa de ônibus. Esse filme a cidade já conhece”, afirmou.
O ex-prefeito voltou a criticar a administração anterior, de Luciano Ducci (PSB), e afirmou que se não tivesse herdado um passivo próximo a meio bilhão de reais, teria deixado a cidade sem dívidas.
“Mesmo administrando a cidade em meio a pior crise econômica da história recente, com três anos de queda no PIB, deixamos a prefeitura com dívida semelhante a que assumimos corrigida pela inflação e destaquei isso no final do ano. Tudo foi regularmente informado aos órgãos de controle”, afirmou Fruet.
Fruet ainda acusou Greca de apresentar números confusos, que misturam, “com clara má-fé, dívida flutuante, fundada e não empenhada”.
O ex-prefeito creditou as dificuldades de manter os repasses ao IPMC a uma lei sancionada por Beto Richa (PSDB) em 2008, quando ainda ocupava a prefeitura de Curitiba. Segundo Fruet, sua gestão foi responsável por compor 70% do fundo do IPMC, que saltou de R$ 900 milhões em dezembro de 2012 para R$ 2,3 bilhões no fim de 2016.
Defesa de Ducci
À época da transição, em 2013, o ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) também questionou os dados apresentados no relatório elaborado pela equipe do prefeito Gustavo Fruet (PDT). Ele acusou a atual administração de “maquiar os números e confundir a opinião pública”. “Existe realmente uma grande imprecisão ou manipulação nos números que são divulgados pela administração do pedetista”, disse Ducci, à época, em nota.