Ontem, no primeiro dia de greve dos servidores públicos da saúde, houve registros de limitações em atendimento de hospitais em algumas cidades do Paraná. Para hoje, o Sindicato dos Servidores Estaduais de Saúde do Paraná (SindSaude) promete mobilização maior. Porém, sindicato e Secretaria de Saúde (Sesa) divergem sobre número de grevistas.
A greve foi deflagrada ontem em todo o estado. Segundo uma das diretoras do sindicato, Mônica Glinski Pinheiro, ao menos 30% do atendimento nos hospitais foi mantido, além da manutenção de atendimento aos casos de urgência e emergência. "Vários funcionários estão vindo do interior e devem ficar na nossa concentração em frente ao Palácio Iguaçu."
Segundo a Sesa, porém, a adesão foi baixa. De acordo com o superintendente em vigilância da saúde, Sezifredo Paz, cerca de 3% dos funcionários pararam. Em números, isso significa que 285 dos cerca de 10 mil servidores não foram trabalhar. Ele enfatiza que esse número não afetou o atendimento aos pacientes em nenhuma unidade hospitalar.
A falta de efetivo prejudicou os serviços no Hospital Regional do Litoral. A UTI estava lotada. Enfermeiros ouvidos pela reportagem disseram que a situação estava caótica. Em Londrina, os hospitais Zona Norte e Zona Sul recebiam apenas pacientes encaminhados pelo Siate e Samu. Em Curitiba, o funcionamento era normal no Hospital do Trabalhador. Na segunda regional de Saúde, funcionários informaram que não foram avisados sobre a greve, mas que hoje alguns deles devem aderir ao movimento.
Motivos
O movimento grevista é contra o "pacotaço" do governador Beto Richa (PSDB), que retira benefícios dos funcionários públicos. Os grevistas também pedem o pagamento de horas-extras devidas pelo estado referentes a janeiro. Também pedem o repasse da verba referente ao terço de férias, cortado pelo governo em todo o funcionalismo público, além da quitação da dívida do governo com os servidores referente ao auxílio alimentação.
Segundo Paz, os servidores receberam as horas-extras em folha suplementar em janeiro. Sobre o terço de férias e o auxílio-alimentação, ele afirma que está em negociação, inclusive com a Secretaria da Fazenda, para o pagamento nas próximas semanas.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião