O presidente Michel Temer comemorou a aprovação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas o desempenho dele no plenário do Senado não foi dos melhores. Em termos de popularidade, Moraes perdeu para Dias Toffoli.
Nesta quarta-feira (22), Moraes recebeu 55 votos favoráveis no plenário e 13 contrários. Em 30 de setembro de 2009, Dias Toffoli foi aprovado por 58 senadores e rejeitado por 9, além de 3 abstenções. As votações são secretas.
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Os dois ministros do STF são associados aos padrinhos políticos que o indicaram. Moraes era o ministro de Justiça de Temer e foi peça fundamental na investigação contra um hacker que tentou chantagear a primeira-dama, Marcela Temer. Dias Toffoli era advogado-geral da União (AGU) na gestão de Lula.
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Leia a matéria completaA ligação de Moraes com Temer foi bastante questionada na sabatina realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça-feira (21). O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), após falar da proximidade política de Moraes com o Temer, citado em delações da Lava Jato, sugeriu que o sabatinado se declarasse suspeito para atuar como revisor do processo da operação na Corte. “O senhor poderia se comprometer agora e declarar sua suspeição em atuar como revisor da Lava Jato. Do jeito que está, fica parecendo uma manobra para proteger aliados”, afirmou Farias.
Quando da sua indicação, Toffoli também foi questionado. O senador paranaense Alvaro Dias, então no PSDB, perguntou como a relação com o PT influenciaria suas decisões e até brincou: “Se Vossa Excelência se declarar impedido em todas as questões que teve a participação da AGU, estará de férias por um bom tempo”.
De todos os ministros que compõem o STF atualmente, o campeão em rejeição é Edson Fachin, que foi indicado por Dilma Rousseff quando o processo de impeachment começava a ganhar corpo e a base política dela estava ruindo.
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