Centrais de atendimento das empresas aéreas estão congestionadas

A falta de informações sobre vôos e remarcação de passagens não atinge apenas os passageiros que estão nas filas dos aeroportos. Empresas aéreas, que solicitam para os passageiros entrarem em contato através dos serviços de atendimento por meio do telefone, estão com as linhas congestionadas e os atendentes não estão dando conta da grande demanda.

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Acordo com governo põe fim à greve dos controladores

Depois de horas de caos nos aeroportos, o ministro Franklin Martins (Comunicação Social) anunciou que o governo conseguiu fechar um acordo com os controladores aéreos, que promoveram uma paralisação em todo o país. O ministrou relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a situação de "gravíssima" e pediu o retorno da normalidade no setor.

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Afonso Pena tem 12 vôos cancelados e 51 atrasos

Apesar dos controladores de vôo terem encerrado a greve e voltado ao trabalho na manhã deste sábado (31), os passageiros que tentam embarcar em São José dos Pinhais, na região de Curitiba (PR), encontram dificuldades. As operações do Aeroporto Afonso Pena foram suspensas devido ao nevoeiro. A visibilidade ficou prejudicada.

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Situação nos aeroportos só se normaliza na terça-feira

Apesar do fim da greve dos controladores de vôo, com de um acordo fechado com o governo na sexta-feira, o caos voltou a tomar conta dos aeroportos de todo o país. Os saguões amanheceram lotados neste sábado. Um balanço divulgado na manhã deste sábado pela Infraero informou que dos 553 vôos previstos entre a meia-noite de sexta-feira e 10h30m deste sábado, 14,8% (82 vôos) tinham sido cancelados e outros 18,3% (101 vôos) estavam atrasados.

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Um dia depois do ápice da crise aérea do país, a situação ainda é confusa nos principais aeroportos brasileiros. Um terço dos vôos programados entre a 0h e as 12h deste sábado (31) tiveram problemas. Balanço divulgado pela Infraero aponta que, das 847 partidas previstas, 196 tiveram atrasos de mais de uma hora (o que equivale a 23,1% do total). Outros 97 vôos foram cancelados. A pior situação é do aeroporto do Recife (PE), que teve 57,7% dos vôos cancelados.

Muitos passageiros reclamam da falta de informações e outros já perderam a paciência. Revoltadas com a demora no embarque, cerca de 30 pessoas invadiram uma aeronave que estava na pista do aeroporto de Brasília e só deixaram o local após negociação com a Polícia Federal. Para evitar novos tumultos, a Aeronáutica foi chamada. Na capital federal, nove dos 56 vôos partiram fora do horário previsto e 16 foram cancelados.

Em Congonhas (SP), segundo a Infraero, das 111 decolagens previstas, 27 tiveram atrasos de mais de uma hora e três foram canceladas. Os passageiros tentam remarcar as viagens que foram suspensas na noite de sexta-feira (30). As filas dos balcões de atendimento chegaram até a calçada. Nem o novo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, escapou das filas. Ele tem uma viagem marcada para Brasília e teve que esperar pelo embarque.

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No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, a situação dos vôos é mais tranqüila. Estavam previstas 61 partidas -16 tiveram atrasos e quatro foram canceladas. Mas os passageiros reclamam da espera. Milhares de pessoas se aglomeram no saguão. A fila no check-in da Gol tem mais de 200 metros.

No Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), a situação é tensa. A Infraero informa que, dos 12 vôos previstos entre a 0h e as 12h deste sábado, três atrasaram e quatro foram cancelados. Os guichês das companhias aéreas estão lotados e a prioridade é o atendimento de quem não conseguiu embarcar na sexta-feira.

No aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), 41 vôos foram cancelados, praticamente todos os vôos programados para este sábado. O saguão também está lotado. Em Curitiba (PR), cinco dos 17 vôos tiveram atrasos, mas não há tumultos. Os passageiros também enfrentam filas longas em Salvador (BA).

Mesmo onde a situação é tranqüila, quem tem viagem aérea marcada deve ter paciência. O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, acredita que as operações só devem ser normalizadas no domingo (1º). Ele disse que uma greve como a deslanchada pelos controladores na sexta-feira (30) "destrói a malha aérea nacional". Dia de crise

Os controladores de vôo se aquartelaram voluntariamente no centro de controle aéreo de Brasília, o Cindacta-1, já na manhã de sexta-feira (30). Os profissionais reclamavam das condições de trabalho e da falta de manutenção dos equipamentos e cobravam soluções do governo. Depois de um dia de intensas negociações, os trabalhadores iniciaram, por volta das 18h40, uma paralisação das operações de decolagens nos aeroportos de São Paulo, Rio e Minas Gerais.

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A suspensão das decolagens gerou um efeito cascata e por volta das 20h, com nova pane nos equipamentos, todos os 49 aeroportos do país estavam fechados. Apenas aviões que estavam no ar eram autorizados a pousar.

Durante o dia, o Ministério Público Militar chegou a anunciar a prisão de 18 controladores aquartelados no Cindacta-1. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a bordo do avião presidencial rumo aos Estados Unidos, onde hoje se reúne com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ordenou que a prisão dos controladores fosse abortada.

Após intensas negociações com os grevistas, o governo cedeu às exigências de negociar aumento de salários e não punir os controladores. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) fechou o acordo com os grevistas por volta da 1h deste sábado e a greve foi encerrada.

O caos aéreo lotou os aeroportos e gerou um clima de revolta entre os passageiros que se acotovelavam nos saguões dos aeroportos. Houve tumulto e brigas entre passageiros e funcionários de empresas aéreas. O policiamento foi reforçado para conter os ânimos.

Queda de braço

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Tudo indica que os controladores saíram vitoriosos nas negociações. Pelo acordo, não haverá punições aos amotinados e serão abertas negociações para a desmilitarização, pelo menos parcial, do sistema de controle de vôo no Brasil.

O governo também se compromete a negociar um aumento na remuneração dos controladores militares e civis. A primeira reunião para discutir o tema está marcada para terça-feira (3).

O governo também disse que vai revisar os atos disciplinares militares. "Tais como transferências, afastamentos e outros, envolvendo representantes de associações de controladores de tráfego aéreo, ocorridos nos últimos seis meses, assim como assegura que não serão praticadas punições em decorrência da manifestação ocorrida em 30 de março de 2007", de acordo a minuta do acordo.

O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, informou que os controladores voltaram ao trabalho, mas disse que não tinha condições de prever quando o tráfego aéreo voltará à normalidade. Segundo Martins, a negociação foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente determinou que se restabelecesse a normalidade, pois se tratava de uma questão de segurança nacional. O essencial era voltar à normalidade e que se abrisse para isso uma negociação", disse o ministro. De acordo com ele, é provável que o presidente mantenha reuniões com os ministros da área no fim de semana, quando voltar dos Estados Unidos na manhã de domingo (1º).