O Ministério Público Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (3) um inquérito para investigar o deputado Luiz Argôlo (SD-BA), suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, operador de um esquema de lavagem de dinheiro e de desvio de recursos da Petrobras revelados pela Operação Lava Jato. O inquérito foi distribuído automaticamente para o ministro Teori Zavascki, que é o responsável pelos processos relativos à Lava jato no STF. Caberá a ele decidir sobre a continuidade das investigações.
O Ministério Público não revelou detalhes do inquérito. De acordo com o sistema que divulga a tramitação de ações no STF, consta como assunto para o caso "crimes de 'lavagem' ou ocultação de bens, direitos ou valores".
Além do inquérito no STF, o deputado responde a processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara, mas dificilmente seu caso será analisado antes do recesso parlamentar. Argôlo é acusado de receber dinheiro e favores de Youssef. Segundo a apuração da Polícia Federal, ele trocou 1.411 mensagens por celular com o doleiro em seis meses, entre setembro de 2013 e março deste ano. Ele também foi acusado pela contadora Meire Poza, que trabalhava com o doleiro, de ser sócio informal do doleiro e de ter recebido dele um helicóptero de presente.
A Folhapress tentou entrar em contato com o deputado em seu gabinete mas ninguém atendeu às ligações.
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