Eduardo Cunha ficou indignado com o protesto na Câmara: normas mais rígidas.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Irritado com manifestação de um militante que jogou sobre ele notas de dólares falsos durante entrevista ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), baixou nesta quinta-feira (5) uma determinação proibindo o livre acesso ao prédio. A norma atingirá inclusive os servidores dos gabinetes. A partir de amanhã, somente os parlamentares poderão acessar qualquer entrada da Câmara sem passar pelo equipamento do raio-X e vistoria dos seguranças. Todos os demais funcionários, prestadores de serviço e visitantes terão que enfrentar fila para inspeção de bolsas e mochila.

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Na tarde desta quarta-feira (4), Cunha foi surpreendido por um manifestante que interrompeu entrevista coletiva que ele concedia no Salão Verde da Câmara e jogou, sobre ele, notas falsas de 100 dólares. O militante é Tiago Ferreira Pará, de 26 anos. Ele é secretário-geral da UNE e integra o movimento Levante Popular da Juventude, que na última segunda-feira fez manifestação em frente à residência oficial de Cunha. Nas notas estava estampado o rosto do peemedebista.

Além de jogar sobre ele as notas, o militante gritou: “Trouxemos tua encomenda da Suíça, Cunha!”

Esta não é a primeira vez que a Câmara restringe o livre acesso das pessoas. Em 2013, quando um grupo de índios invadiu o plenário da Casa, a circulação de pessoas passou a ser liberada apenas nos anexos, sendo necessária identificação para acesso ao Salão Verde e plenário.