A Itália está chamando de volta o seu embaixador no Brasil, em mais episódio envolvendo a recusa brasileira em extraditar Cesare Battisti, condenado por participar de ataques guerrilheiros nos anos 1970, informou o Ministério das Relações Exteriores italiano.

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Roma disse que está respondendo à "grave decisão" tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Lula concedeu a Battisti o status de refugiado político.

O caso envolveu até a primeira-dama francesa, Carla Bruni, acusada por uma associação de vítimas italianas de influenciar a decisão de Lula durante sua visita ao Brasil, em dezembro.

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Nascida na Itália, Bruni apareceu na televisão italiana no domingo e negou as acusações. No ano passado, ela também foi criticada em seu país natal por apoiar o exílio de um guerrilheiro italiano na França, cuja extradição para a Itália foi negada por Paris.

Battisti, 54, fugiu de uma prisão italiana em 1981 e morou durante anos na França, mas fugiu novamente quando Paris aprovou a sua extradição, em 2006, e foi preso quando estava foragido no Brasil.

Ele pode pegar prisão perpétua na Itália em quatro acusações de homicídios, todos cometidos nos anos 1970. Naquela época, Battisti pertencia a um grupo guerrilheiro chamado "Proletários Armados pelo Comunismo".

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