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O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) já está fora do Conselho de Ética, segundo sua assessoria de imprensa. A decisão foi tomada na última quarta-feira, num almoço realizado em seu apartamento, em Brasília. Ali, Delgado e mais quatro integrantes do Conselho decidiram que, caso o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) fosse absolvido no plenário, seria a gota d'água: continuar no Conselho não teria mais sentido, já que o plenário da Câmara não respeitava as decisões do colegiado. Estavam no almoço os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Marcelo Ortiz (PV-MG), Nelson Trad (PMDB-MS) e Orlando Fantazzini (PSOL-SP).

Os cinco parlamentares seguiram depois para a Câmara, onde se reuniram com os deputados Cézar Schirmer (PMDB-RS) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Naquele momento, os dois concordaram com o grupo. Caso mais um condenado pelo Conselho de Ética fosse salvo pelo plenário, anunciariam a renúncia coletiva. Tanto que Fantazzini, que viajaria no dia seguinte para o exterior, deixou assinadas a carta da renúncia e a formalização do ato para a Mesa.

A carta foi entregue depois ao presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), chancelada também pelos deputados Benedito de Lira (PP-AL) e Cláudio Magrão (PPS-SP). Como Izar protestou contra a renúncia coletiva, Ortiz, Trad e Sampaio voltaram atrás. Pelo telefone, nesta sexta-feira, os demais - Júlio Delgado, Chico Alencar, Orlando Fantazzini, Cézar Schirmer e Benedito de Lira e Cláudio Magrão - combinaram que manterão suas posições, não voltando mais ao Conselho de Ética.

- Na segunda-feira, cumpro a burocracia e formalizo a minha renúncia. Mas já não integro mais o Conselho - afirmou Delgado, por meio de sua assessoria de imprensa.

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